50,7°C: Austrália registra temperatura máxima assustadora
A temperatura máxima foi registrada nesta quinta-feira em Onslow, na Austrália Ocidental, e é a maior temperatura registrada nos últimos 60 anos.
Hoje foi um dia particularmente quente na Austrália. Estações meteorológicas do aeroporto de Onslow, na Austrália Ocidental, registraram uma temperatura máxima de 50,7°C, pouco antes das 15h. O fuso-horário do país está 14 horas à frente do horário brasileiro.
Termômetros Australianos já passaram dos 50°C algumas poucas vezes na história. Em 1960, a mesma temperatura de 50,7°C havia sido registrada em uma região desértica ao sul da Austrália - permanecendo como recorde absoluto do país, até hoje.
Os dados coletados e divulgados pelo Australian Bureau of Meteorology (BOM) ainda são preliminares e passíveis de revisão, mas indicam recordes de temperatura máxima também em outros locais do país. Os aeroportos de Roebourne e de Mardie também registraram temperaturas máximas altíssimas, de 50,5°C.
A máxima histórica registrada hoje na Austrália é também a maior temperatura já registrada em todo o Hemisfério Sul. Termômetros Argentinos já chegaram a marcar 48,9°C em 1905, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), mas nunca ultrapassaram os 50°C.
Especialistas do BOM explicaram que a massa de ar quente foi intensificada, em grande parte, pela ausência de chuvas na região. A onda de calor também foi impulsionada pela circulação dos ventos organizada pelo ciclone tropical Tiffany.
Os recordes podem ser quebrados novamente ainda esta semana
A cidade costeira de Onslow e suas áreas vizinhas podem ver estes recordes sendo quebrados novamente ainda esta semana, já que as previsões indicam que as temperaturas podem subir ligeiramente nesta sexta-feira.
A notícia é péssima não só para os habitantes da região, mas também para o ecossistema australiano, que está enfrentando um grande número de incêndios florestais. Mais de 6000 hectares de terra acabaram de ser queimados em região próxima a Margaret River, forçando evacuações.
O calor recorde ocorre poucos dias após um relatório do sistema de satélites da União Européia apontar que os últimos sete anos foram os mais quentes já registrados na história. Estudos vêm apontando, nos últimos anos, que as mudanças climáticas aumentarão a incidência de eventos extremos - Tanto para o calor quanto para o frio.
No Sul do Brasil, extremos de temperatura também têm sido registrados nos últimos dias, com mínimas extremamente baixas causando geadas e máximas superiores a 40°C no Rio Grande do Sul. O alerta de risco por onda de calor emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) segue em vigência.