A cor mais rara! Por que as auroras possuem cores diferentes?
Recentemente, um fenỗmeno raro causou diversas auroras em diferentes lugares do planeta Terra. Por que elas possuem diferentes cores?
Um fenômeno raro aconteceu entre os dias 10 e 12 de maio onde tempestades solares seguidas atingiram a Terra. Foi a primeira vez em 20 anos que as tempestades atingem a escala máxima que classifica a intensidade desses eventos. Segundo a NOAA, os eventos atingiram a classificação G5 durante a sexta dia 10.
Por causa dessas tempestades, auroras boreais e austrais foram formadas e as redes sociais se encheram de fotos de pessoas presenciando as cores no céu. Muitos países do hemisfério Norte, incluindo boa parte dos Estados Unidos e países europeus. No hemisfério Sul, auroras austrais foram observadas no Uruguai e no sul do continente africano.
As imagens são extremamente lindas e uma variedade de cores estão presentes como rosa, azul e verde. Mas o que causa a diferença nas cores das auroras? Como saber qual tipo de aurora será observada em cada lugar? E qual é a cor mais rara de se observar em auroras?
Como as auroras se formam?
As auroras são formadas por uma interação entre ventos solares e o campo magnético terrestre. Os ventos solares possuem partículas carregadas que ao chegarem próximas do campo magnético terrestre são desviadas. Algumas dessas partículas carregadas conseguem chegar até a atmosfera através dos polos.
Quando essas partículas chegam na atmosfera terrestre, elas interagem com moléculas e elementos que compõem a atmosfera. As partículas colidem com as moléculas excitando os átomos presentes. Ao retornar para o estado de menor energia, os átomos acabam liberando energia através de radiação, ou seja, através de luz formando as auroras.
Produção dos ventos solares
Para uma aurora se formar é necessário que ventos solares atinjam a Terra. Esses ventos são produzidos no Sol quando linhas de campos magnéticos explodem liberando uma nuvem de plasma. As explosões são chamadas de flares solares que são monitoradas diariamente por agências espaciais.
Os flares acontecem quando o campo magnético do Sol está mais ativo que é possível ver através de manchas solares. O Sol possui um ciclo de 11 anos e durante os picos de atividade há mais manchas solares e mais flares podem ser produzidos. O campo magnético possui esse ciclo principalmente por causa da rotação diferencial do Sol.
Cores das auroras
Dependendo de qual átomo foi excitado pelas partículas carregadas é possível ver diferente tipo de radiação que forma auroras de diferentes cores. A atmosfera é composta por cerca de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e o resto de gases como dióxido de carbono. Porém, a concentração de cada elemento depende da altitude então cada região dará uma cor.
Em altitudes mais baixas, nitrogênio origina auroras azuis ou roxas que são comuns em fotos. O oxigênio molecular encontrado também em altitudes menores originam as famosas auroras verdes. Além disso a mistura das componentes pode originar auroras rosas ou amareladas em altitudes intermediárias. Mas em altitudes mais altas pode se formar auroras da cor mais rara.
Cor mais rara
A cor mais difícil de ser observada em uma aurora é a cor vermelha que está associada com a presença de oxigênio atômico em altitudes mais altas. Como o oxigênio atômico tem uma concentração menor é necessário que partículas mais energéticas excitem os átomos nesse intervalo. Por isso, auroras vermelhas se formam em tempestades solares energéticas.
Alguns lugares consideram as auroras azuis e violetas como as mais raras, no entanto, isso se deve principalmente à uma limitação do olho humano. Visualizar o final do espectro do visível pode ser um desafio para nossos olhos. Elas se formam mas por ser difícil observar sem equipamento parece que são tão raras quanto as vermelhas.