A Lua está diminuindo! Fenômeno pode ser um problema para futuras missões de exploração espacial
Nosso satélite natural está diminuindo de tamanho com o passar dos anos. Apesar de ainda demorar muito para ter uma diferença, fenômeno que diminui a Lua pode interferir em missões espaciais futuras.
A Lua é o único satélite natural do planeta terra. Atualmente, as estimativas do seu tamanho estão por volta de 1.740 quilômetros de raio. Se a Terra fosse do tamanho de uma moeda, a Lua seria do tamanho de um grão de café. Apesar do tamanho pequeno, a Lua é importante para controlar alguns fenômenos físicos que acontecem na Terra.
Um desses fenômenos é a duração e a magnitude das marés. As marés estão relacionadas com a influência gravitacional que a Lua exerce na Terra. Além disso, a Lua também é um ponto importante na exploração espacial. Muitas das missões futuras consideram a Lua em seus planos.
No entanto, os astrônomos concluíram que a Lua está diminuindo de tamanho lentamente e se afastando de nós. Mesmo sendo extremamente lento, os fenômenos que estão associados podem se tornar problemas para a exploração espacial e futuras missões que precisarão usar a Lua como ponto de parada.
Estrutura da Lua
Nosso satélite possui núcleo sólido de ferro, um manto composto por minérios de átomos de ferro, magnésio e oxigênio. A última camada é a crosta composta por uma variedade de elementos do hidrogênio até urânio. Muito tempo atrás, a Lua possuía vulcões ativos mas atualmente não há nenhum em sua superfície.
A existência de água na Lua é debatida desde metade do século passado. Desde missões de 2008, os pesquisadores concluíram que há água no satélite natural. Recentemente, o observatório em infravermelho da NASA, chamado SOFIA, encontrou existência de moléculas de água nas crateras lunares.
Formação da Lua
A formação de satélites naturais em torno de corpos maiores pode ter uma variedade de explicações. No caso da Lua, a teoria mais popular é de que um objeto semelhante ao planeta Marte colidiu com a Terra nos primórdios do Sistema Solar. Desse impacto, destroços foram lançados ao espaço formando a Lua.
Nessa teoria, a Lua era uma esfera de material derretido quando foi formada. Durante os primeiros 100 milhões de anos, a Lua foi resfriando e criando as estruturas que conhecemos hoje. Algumas observações indicam que a composição da Lua é extremamente semelhante com a composição terrestre dando credibilidade para essa teoria.
Importância na exploração espacial
A Lua tem um papel importante em diversas culturas e crenças. O calendário lunar é usado e tem importância cultura até hoje. Isso mostra como a Lua sempre esteve presente no nosso dia a dia. A ideia de visitá-la não é recente e, provavelmente, data de milênios. Mas a tecnologia só veio na década de 60 com as missões Apolo.
A Lua tem um papel importante na exploração espacial. Foi o primeiro objeto extraterrestre a ser visitado por humanos e também é considerada como um ponto crucial nas futuras missões espaciais. Em especial, a Lua seria uma parada para armazenamento e para recarregar naves espaciais com missões até Marte.
Está diminuindo
A cada centena de milhões de anos, a Lua diminui cerca de 45 metros em seu diâmetro. Isso parece ser muito pouco e é imperceptível para nós mas a Lua encolher não é um problema. O real problema está nos efeitos que estão associados com esse encolhimento, mesmo que lento, da Lua.
Um novo estudo mostrou que a Lua estar diminuindo está associado com terremotos lunares e deslizamento de terra. O estudo também encontrou que isso pode estar associado com surgimento de novas falhas na superfície lunar. O problema ocorre ainda mais intensamente no polo Sul lunar, o que se torna um problema.
Problema para viagens espaciais
O polo Sul lunar é um local de interesse para astrônomos e engenheiros já que é pensado como ponto de pouso para astronautas. O próprio reator nuclear que a NASA está construindo é pensado em ser colocado nessa região. Para isso, é necessário que seja um ambiente seguro e que não seja vulnerável à problemas.
Porém, com esse estudo, os pesquisadores mostraram que a região pode estar associada a terremotos lunares e deslizamento de terra frequentes. Dois fenômenos que estão relacionados com a Lua estar diminuindo de tamanho mesmo sendo um processo lento. Isso afetaria a construção de bases lunares e outros equipamentos necessários.
Contornando o problema
A próxima missão Artemis foi adiada para 2025 com objetivo que garantir o sucesso da missão. Apesar dos detalhes não terem sido divulgados, a NASA estuda cuidadosamente cada aspecto que pode dar errado na missão e formas de evitar. A próxima missão ainda não pousará na Lua mas em 2026 é esperado que isso finalmente aconteça.
Esse estudo é uma forma de preparar os engenheiros e cientistas envolvidos para o ambiente lunar e criar formas de evitar zonas de perigos. Cada vez mais sabemos melhor como nosso satélite natural funciona e se tornará ainda mais importante nos próximos anos.