A OMS alerta para a presença de mais variantes de Covid na população mundial
A OMS declarou em maio o fim da emergência sanitária devido ao Covid-19. No entanto, não deixou de lembrar que as medidas de prevenção e a ocorrência de rebotes devem ser mantidas.
O SARS-CoV-2 continua evoluindo. Desde o início da pandemia de Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) designou múltiplas variantes de preocupação e interesse, com base em seu potencial de disseminação, muitas delas podem até substituir variantes anteriores e causar ondas de infecções com aumento da circulação.
Desde o seu aparecimento, o vírus Ômicron continuou a evoluir a nível genético e antigênico, e desenvolveu-se em várias sublinhagens, as quais se caracterizaram até agora pela sua capacidade de evadir a imunidade da população existente e infectar preferencialmente o trato respiratório superior em comparação com as variantes preocupantes anteriores à Ômicron.
Apesar disso e do fato deste vírus já estar presente na população mundial, a OMS recorda que o vírus continua sofrendo mutações e há cada vez mais variantes. Um exemplo é a subvariante EG.5 que duplicou desde meados de junho e, até o momento, já foi noticiada em aproximadamente 50 países, segundo a organização internacional.
A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido informou a OMS sobre a nova subvariante do COVID, denominada EG.5.1 e descendente da variante Ômicron, que foi detectada com maior prevalência no Reino Unido e já representa 1 em cada 7 casos.
Enquanto nos Estados Unidos também foi detectado um crescimento dessa linhagem do coronavírus. Nas últimas duas semanas, a variante EG.5 apresentou crescimento na última vigilância genômica, passando de 11% para 17%.
As vacinas protegem, mas não devem ser confiáveis
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, indicou que, embora as pessoas agora estejam mais protegidas por vacinas e infecções anteriores, não é hora de os países baixarem a guarda.
Ele reiterou que pessoas de maior risco, como idosos ou pessoas com doenças crônicas e imunossuprimidas, devem usar máscaras faciais em locais lotados e mal ventilados, e fazer os reforços vacinais quando essas campanhas começarem. Também pediu à OMS que não desmonte os sistemas que foram construídos para combater a Covid-19.
Recentemente, Adhanom, alertou que persiste a ameaça do aparecimento de outra variante do coronavírus que pode causar "novas ondas de doenças e mortes".
Embora as infecções atuais estejam longe das registradas durante o período mais difícil da pandemia, os cientistas estão acompanhando de perto a evolução do vírus SARS-CoV-2 que causa a COVID-19, devido à sua constante evolução e à sua capacidade de evadir a resposta imune.
Como o SARS-CoV-2 está em constante evolução e não para de sofrer mutações, é previsível que novas variantes continuem a aparecer. Algumas podem surgir e depois desaparecer, enquanto outras podem nascer e se espalhar, substituindo até variantes previamente existentes.
E embora a OMS tenha declarado desde maio o fim da emergência sanitária devido ao Covid-19, ainda mantém as medidas de prevenção, porque a pandemia ainda não acabou.