A recém descoberta da bactéria terráquea que é capaz de sobreviver em Marte
Bactéria encontrada na Terra, conhecida como “Deinococcus radiodurans” e comumente como “Conan, a bactéria”, é capaz de sobreviver às condições extremas de Marte. Tal descoberta aumenta as chances de que a vida em Marte seja revelada em futuras missões. Entenda mais sobre esse avanço científico!
O estudo feito pela Northwestern University revelou, após diferentes testes, que uma espécie de microrganismo foi capaz de sobreviver a quantidades intensas de radiação em Marte. Os testes detectaram por quanto tempo esses diferentes microrganismos poderiam sobreviver às condições ambiente do planeta vermelho.
A espécie comumente conhecida como “Conan, a bactéria” foi estimada para sobreviver em Marte por 280 milhões de anos, desde que esteja a 10 metros abaixo da superfície, de modo a evitar a exposição à radiação. Ainda assim, esse resultado é quase 300 vezes superior ao que se esperava dos testes.
Como foi um teste, é provável que essa espécie não exista realmente em Marte. Porém, os cientistas acreditam que uma espécie semelhante pode estar vivendo no planeta.
Microrganismos sobreviventes à condições adversas
Um estudo publicado na revista Astrobiology em Outubro de 2022, que vem há mais de 10 anos sendo analisado, testou diversas bactérias e fungos resistentes a condições extremas que, na prática, é capaz de matar qualquer organismo, a fim de analisar suas capacidades de sobrevivência no planeta Marte.
Como resultado, os autores descobriram que a bactéria cientificamente chamada “Deinococcus radiodurans” e comumente conhecida como “Conan, a bactéria”, encontrada no planeta Terra, é capaz de suportar, viva, as condições severas de Marte. Os cientistas classificaram como “particularmente adequado” o comportamento dessa espécie nas condições extremas de frio e seca do planeta vermelho.
Os resultados atingidos por esse microrganismo superou até os esporos de Bacillus, que consegue sobreviver no planeta Terra por milhões de anos. Isso é inovador para a ciência!
Um parêntese interessante desse resultado é que Conan não sobreviveria muito tempo na superfície quando atingida diretamente pela luz ultravioleta do Sol. Pelos testes, os pesquisadores detectaram que a bactéria poderia sobreviver de 1.5 milhão de anos até 280 milhões de anos se fosse enterrada a 10 centímetros e 10 metros, respectivamente.
É viável que esse tipo de descoberta intensifique a probabilidade de que a vida em Marte seja facilmente revelada em missões futuras. Os cientistas clamam para que as futuras missões tragam amostras marcianas para testar os vestígios de Deinococcus radiodurans, que poderiam provar que existe vida em Marte.
Mas, para isso, é necessário muita cautela e por meio de um processo de muita segurança para evitar a contaminação alienígena no planeta Terra, que pode ser permanente e persistir por anos, complicando os esforços científicos.