Agora a Terra tem duas Luas. Isto é temporário ou para sempre?
A Terra tem um novo acompanhante. Se trata de uma “mini-lua” que se escondeu em nossa jornada ao redor do Sol. Os especialistas estimam que ela nos acompanhará até abril, por isto, esperaremos por mais informações.
Não é a primeira vez que a Terra tem outra “mini-lua”, embora pareça estranho que já tenha acontecido em várias ocasiões anteriores. Neste caso, nosso novo companheiro, sendo muito pequeno, não inspirará poesias assim como a Lua que conhecemos. Esta nova mini-lua não iluminará o céu, pois é uma rocha relativamente pequena e de baixa magnitude.
Quando esta “mini-lua” foi descoberta?
Os astrônomos listam os objetos de acordo com o seu brilho, ou seja, quanto mais eles brilham, mais magnitude eles têm (e importância também!). Nossa rocha colossal, que conhecemos como Lua, tem uma magnitude de 20, enquanto a que foi descoberta recentemente tem uma magnitude de -15. Ela é muito pequena e por isso levou muito tempo para encontrá-la. Contudo, você não precisa se encantar com ela pois, ela pode desaparecer em breve.
Ela foi avistada pela primeira vez no dia 14 de fevereiro pelos cientistas Kacper Wierzchos e Teddy Pruyne, ambos do programa de pesquisa Catalina Sky Survey. Mas foi no dia 25 de fevereiro que os astrônomos do Minor Planet Center deram a notícia de que um novo corpo celeste estava orbitando nosso planeta. Uma “mini-lua” de 6 metros de diâmetro, que chamaram de de 2020 CD3.
A 2020 CD3 é uma amostra dos asteroides que cruzam o plano orbital da Terra. Em muitos casos, eles estão perto de colidir com a Terra e, embora pareça alarmante, isto poderia ocorrer. O tamanho pequeno dessa “mini-lua” faria com que, no caso de um choque, ela se desintegrasse em nossa atmosfera antes mesmo de atingir o solo.
Por que pode haver uma “mini-lua” temporária?
Como esse objeto passou relativamente perto de nosso planeta, em sua jornada pelo espaço, a gravidade o aproximou de nós. Segundo os astrônomos, a “mini-lua” estará fora da órbita da Terra em pouco tempo e, provavelmente, se desvinculará em abril deste ano. Mas alguns cientistas também afirmam que ela pode ficar conosco por cerca de três anos.
O astrônomo chefe das observações Grigori Fedorets, da Queen’s University em Belfast, Irlanda do Norte, disse que se a origem desta “mini-lua” fosse natural, a 2020 CD3 se tornaria o segundo satélite rochoso da Terra. O primeiro foi descoberto também pelo Catalina Sky Survey, em 2006. Seu nome era 2006 RH120 e orbitou a Terra por 18 meses entre 2006 e 2007, até ser desvinculado.
As “mini-luas” não são fáceis de descobrir devido ao seu tamanho pequeno, mas, o fato de tê-las é muito fascinante. É provável que existam várias delas orbitando a Terra e não tenhamos percebido. E pensando bem, como ficariam as fotos da Terra com dois satélites?