Agosto de 2021 é o sexto mais quente em 142 anos de medições

De acordo com o Global Annual Temperature Rankings Outlook, é muito provável (>99,0%) que o ano de 2021 se classifique entre os 10 anos mais quentes já registrados, porém com menos de 2% de chance de se classificar entre os cinco anos mais quentes da história desde que se iniciaram os registros.

agosto de 2021
Apesar das ondas de frio no mês de agosto que passaram pelo Brasil, ainda sim o mês terminou com anomalias de temperatura acima da média.

O Centro Nacional de Informação Ambiental (NCEI) da NOAA divulgaram o resumo do clima global para agosto de 2021, concluindo que a temperatura média da superfície do planeta foi a sexta mais quente já registrada. Estatisticamente, há uma chance superior a 99 por cento de que 2021 termine entre os 10 anos mais quentes no recorde de 142 anos. De acordo com a ferramenta Climate at a Glance do NCEI, agosto ficou mais quente a uma taxa de 0,08°C por década desde 1880.

A temperatura da superfície global de agosto de 2021 foi 0,90°C acima da média do século 20 de 15,6°C - o sexto agosto mais quente em um recorde de 142 anos. Nove dos 10 agosto mais quentes ocorreram desde 2009. Agosto de 2021 também marcou o 45º agosto consecutivo e o 440º mês consecutivo com temperaturas, pelo menos nominalmente, acima da média do século XX.

Regionalmente, a Ásia teve seu segundo agosto mais quente já registrado, atrás de agosto de 2016. A África teve seu terceiro agosto mais quente. América do Norte, América do Sul e Oceania tiveram um mês de agosto quente entre os nove primeiros. Embora a Europa tenha tido uma temperatura acima da média em agosto, foi o agosto mais frio desde 2008.

As temperaturas ficaram muito acima da média em partes do leste da América do Norte, América do Sul, África, oeste, norte e sul da Ásia, bem como partes do Oceano Atlântico, norte do Oceano Índico e partes norte e oeste do Oceano Pacífico. As temperaturas foram mais frias do que a média em partes do Oceano Pacífico central e meridional e em todo o centro-leste da Ásia.

A temperatura global apenas da superfície terrestre de agosto foi a segunda mais alta do mês. Apenas agosto de 2016 foi mais quente. A temperatura quase recorde da superfície terrestre global foi impulsionada principalmente pela temperatura recorde da superfície terrestre do Hemisfério Norte em agosto.

A precipitação é sempre mais variável de um lugar para outro do que a temperatura. Em agosto deste ano, houve fortes contrastes na diferença da precipitação média dentro e entre os continentes.

Hemisférios

O período de junho a agosto é definido como o verão meteorológico do hemisfério norte e o inverno meteorológico do hemisfério sul. A variação da temperatura da superfície terrestre do hemisfério norte foi a mais alta já registrada, contribuindo para a maior temperatura global da superfície terrestre de junho a agosto. Enquanto isso, o Hemisfério Sul teve seu quinto inverno mais quente (empatado com 1998) já registrado.

Ciclones tropicais globais

A bacia do Atlântico teve atividade de furacões acima da média durante agosto de 2021, com seis tempestades nomeadas, incluindo três furacões, dois dos quais se tornaram grandes furacões (Grace e Ida). A bacia do Pacífico Norte oriental teve atividade quase normal com cinco tempestades nomeadas durante o mês, duas das quais se tornaram furacões, incluindo um grande furacão (Linda).

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A bacia do Pacífico Oeste teve sua energia ciclônica acumulada mais baixa (ACE; mede a força e a duração das tempestades tropicais e furacões) desde 1981, com apenas quatro tempestades nomeadas e nenhum tufão durante o mês. No geral, a atividade global do ciclone tropical de janeiro a agosto de 2021 ficou abaixo da média, em parte devido à falta de atividade em todo o Oceano Pacífico Ocidental.