Aquecimento global causará mudanças dramáticas a curto prazo

Cientistas da ONU se reuniram para debater as mudanças dramáticas sob efeito do aquecimento global no planeta e na vida humana, todos os prejuízos que podem ocorrer a curto prazo.

Mudanças
O mundo implora por socorro não é de hoje, mudanças dramáticas devem acontecer a curto prazo.

Que o aquecimento global e as mudanças climáticas provocam mudanças dramáticas e até mesmo catastróficas no planeta e na vida dos seres humanos, não é nenhuma novidade. Mas afinal, o que tem sido feito em combate a emissão de gases de efeito estufa? Quais são os prejuízos a curto prazo?

Cientistas da ONU se reuniram para debater as questões das mudanças climáticas e o aquecimento global sobre a vida humana e a vida como um todo no planeta. Prejuízos a curto prazo já vem sendo registrados faz tempo, e o indicativo é que tem muito mais por vir. Uma revisão realizada por 195 países da segunda parte do sexto relatório científico do IPCC, grupo de especialistas em clima da ONU, começou no dia 14 de fevereiro deste ano.

Na primeira etapa, publicada em agosto de 2021, foram discutidas as previsões de aumento de temperatura global. Nessa segunda etapa, foram abordados os impactos do aquecimento global sobre a vida na Terra e a necessidade de adaptação do estilo de vida dos seres humanos.

Aquecimento global

Em 2021, os cientistas da ONU, especialistas em clima, alertaram sobre o aumento da temperatura global. As temperaturas podem atingir um limite de 1,5°C a mais até 2030, o que significa um adiantamento de uma catástrofe climática, pois isso pode acontecer 10 anos antes do esperado inicialmente.

Sabe-se que o mundo já aqueceu cerca de 1,1°C em sua temperatura média após mais de um século e meio de um desenvolvimento econômico baseado em combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás).

Prejuízos no planeta

Além de sentirmos na pele as temperaturas mais elevadas, ondas de calor cada vez mais frequentes, e os consequentes desastres naturais provocados pelas mudanças climáticas e o aquecimento global, o que mais isso significa em termos práticos?

Já imaginou um planeta sem barreiras de coral e morto de sede? Isso é uma das consequências que pode acontecer se nada for feito. Segundo especialistas, entre 70% e 90% dos recifes de coral correm risco de extinção com esse aumento de 1,5°C até 2030. Essa porcentagem fica ainda mais assustadora quando vai pra 99% se o aumento de temperatura de 2°C fosse ultrapassado.

gases
A emissão desenfreada de gases de efeito estuda aceleram uma possível catástrofe climática irreversível.

Esse aumento de 1,5°C já é suficiente para fazer com que pelo menos um terço das geleiras do Himalaia derreta antes mesmo do final do século. Em consequência do degelo no Himalaia e na Cordilheira dos Andes, pode faltar água no abastecimento de milhões de pessoas que vivem rio abaixo.

Caos total

Se 1,5°C se pode causar danos irreversíveis, imagina o que um aumento de 2°C é capaz de fazer. Ondas de calor se tornariam mais frequentes e mais potentes na maioria das regiões. A chuva relacionada com os ciclones também aumentariam de intensidade, provocando cada vez mais enchentes inesperadas em todo o planeta, o que seria um caos total.

Na tentativa única de evitar ou ao menos amenizar essas catástrofes que podem banir a humanidade, o que pode ser feito? Como se adaptar? Esse é o tema discutido no novo relatório científico com milhares de páginas que descrevem as consequências das mudanças climáticas na saúde humana, na segurança alimentar, na escassez de água, deslocamentos de nações e até mesmo a destruição de ecossistemas.

aquecimento
O planeta já sente e já registra mudanças no clima com aquecimento globa.

A vida como é hoje será inevitavelmente transformada em curto prazo segundo os quase 300 pesquisadores que contribuíram com o relatório. Também destacaram possíveis soluções para a humanidade se preparar para esses impactos.

Como resultado, os países que são membros da ONU tiveram que dar uma resposta para concordar com um resumo para os formuladores de políticas, o que será divulgado no dia 28 de fevereiro. Em abril deve acontecer a análise de uma terceira etapa que será dedicada a soluções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.