Argentina seria o melhor lugar para sobreviver em uma guerra nuclear
Um estudo científico recente concluiu que a Argentina e a Austrália são os melhores países para sobreviver no caso de uma guerra nuclear. Veja aqui a razão.
De acordo com um estudo recente que utilizou simulações informáticas, publicado na conceituada revista Nature Food, a Argentina e a Austrália lideram como os melhores países para sobreviver no caso de uma guerra nuclear entre os EUA e a Rússia.
Vale lembrar que a brutal invasão russa na Ucrânia está deixando não só um grande número de mortes e destruição, mas também enormes consequências econômicas, como o aumento dos preços dos alimentos, e agravando o risco de escassez de alimentos. O conflito pôs a ONU em alerta para um possível confronto nuclear catastrófico.
Simulação da guerra nuclear
O estudo utilizou uma simulação por computador de um conflito em grande escala envolvendo cerca de 100 bombas nucleares. Estas detonações deixariam consequências locais terríveis e efeitos globais graves. As cinzas, fuligem e fumaça bloqueariam a passagem da radiação solar, deixando múltiplas consequências, incluindo a destruição generalizada de várias culturas.
Os cientistas estão investigando como os padrões de vento poderiam espalhar a fumaça e o fogo de ataques nucleares em grande escala e influenciar os céus sobre os principais exportadores de alimentos, como os EUA e a China. A falta de luz solar provocaria o colapso das culturas em apenas quatro anos e causaria uma queda de 90% no rendimento dos animais, peixes e culturas.
Mais de cinco bilhões de pessoas morreriam de fome em todo o mundo, estima este relatório (sem contar as primeiras mortes locais devido às explosões). Este número é assustador porque representa dois terços da população mundial.
Mesmo que não acontece realmente o que a simulação de 100 bombas demonstrou, os efeitos ainda seriam devastadores com uma guerra de menor escala, como um conflito nuclear entre a Índia e o Paquistão, que reduziria a produção mundial em 7% em cinco anos e mataria até 2,5 bilhões de pessoas.
Mas há esperança! Este trabalho científico destaca a Argentina e a Austrália como uma espécie de oásis dentro deste cenário apocalíptico, para nos manter a salvo.
"A ida para o outro lado do mundo é a melhor hipótese de sobreviver a uma guerra nuclear entre a Rússia e os Estados Unidos", disse o autor principal do estudo, Sam Greenhill. E isto não se deve apenas à grande distância geográfica da zona de conflito e ao fato de que o Hemisfério Sul seria menos afetado pela fuligem, mas também devido a um fator chave: os países estão no topo da lista em relação a: culturas.
Argentina e Austrália, refúgios frente a uma guerra nuclear
O Dr. Alan Robock, climatologista americano e um dos autores do estudo, explicou que "tanto a Argentina como a Austrália têm uma vantagem essencial sobre o resto dos países em termos das suas culturas, por exemplo de trigo, porque são mais resistentes, de maior qualidade e são produzidas em grandes quantidades".
Estes dois países são a esperança de sobreviver a um surto nuclear, porque "se ficarmos na Grã-Bretanha, por exemplo, as chances de se passar fome são de 90%", disse Greenhill.
Ainda segundo os autores, a conclusão final do estudo é que "temos de evitar que uma guerra nuclear aconteça". Isto é fundamental e uma questão de senso comum para evitar a fome extrema e generalizada.