Astrônomos pretendem "pescar" meteorito usando ímã gigante
CNEOS 2014-01-08 é considerado o primeiro objeto interestelar já descoberto em nosso Sistema Solar, na qual o Projeto Galileo tem como objetivo “pescar” tal meteorito; e, sua recompensa por isso pode ser imensa.
Astrônomos estão planejando retirar remanescentes de um meteorito de outro Sistema Estelar que caiu no Oceano Pacífico. Tal objeto atingiu a atmosfera na madrugada de 8 de janeiro de 2014 a cerca de 160 quilômetros da costa de Papua Nova Guiné, com o equivalente a 1% da energia da bomba de Hiroshima e medindo 0.5 metros de largura no momento do impacto.
Como o Sistema Solar não é um sistema perfeitamente fechado, isso faz com que objetos de outros Sistemas Estelares sejam, ocasionalmente, imersos aqui. Nesse caso, é inevitável o quanto os cientistas querem investigar o ocorrido; mesmo que, provavelmente, os fragmentos sobreviventes sejam microscópicos.
O grupo da Universidade de Harvard espera encontrar fragmentos dessa rocha interestelar, que ficou conhecida como CNEOS 2014-01-08. CNEOS é a sigla de “Center for Near-Earth Object Studies”, que tem como função calcular as órbitas de asteroides e sua probabilidade de impactar à Terra.
Em 2017, durante a pesquisa da Pan-STARRS, uma rocha espacial, batizada de Oumuamua, atravessou o Sistema Solar a quase 100 km/h. Por meio de estudos posteriores, o astrofísico da Universidade de Harvard, Abraham Loeb, afirmou que tal objeto poderia ser uma máquina alienígena. Dois anos depois, o primeiro cometa interestelar, 2l/Borisov, foi descoberto pelo astrônomo Gennadiy Borisov.
Ainda em 2019, o astrofísico da Universidade de Harvard, Amir Siraj, identificou a origem interestelar do objeto em um estudo com 99.99% de confiabilidade; mas, só em maio de 2022 que foi confirmado pelo Comando Espacial dos Estados Unidos.
A ideia de que CNEOS 2014-01-08 é de outro Sistema Estelar vem do fato de que o objeto estava viajando a 60 km/s em relação ao Sol; uma velocidade muito rápida para ser limitada pela gravidade do Sol. De acordo com Amir Siraj, qualquer objeto que esteja a uma velocidade superior a 40 km/s está ultrapassando o limite de velocidade local, além de não ter cruzado com nenhum outro planeta ao longo do caminho.
Sendo assim, o Projeto Galileo de Siraj e Loeb - que ainda não tem data marcada - consiste de uma expedição oceânica de mais de US
Em 2017, durante a pesquisa da Pan-STARRS, uma rocha espacial, batizada de Oumuamua, atravessou o Sistema Solar a quase 100 km/h. Por meio de estudos posteriores, o astrofísico da Universidade de Harvard, Abraham Loeb, afirmou que tal objeto poderia ser uma máquina alienígena. Dois anos depois, o primeiro cometa interestelar, 2l/Borisov, foi descoberto pelo astrônomo Gennadiy Borisov.
Ainda em 2019, o astrofísico da Universidade de Harvard, Amir Siraj, identificou a origem interestelar do objeto em um estudo com 99.99% de confiabilidade; mas, só em maio de 2022 que foi confirmado pelo Comando Espacial dos Estados Unidos.
A ideia de que CNEOS 2014-01-08 é de outro Sistema Estelar vem do fato de que o objeto estava viajando a 60 km/s em relação ao Sol; uma velocidade muito rápida para ser limitada pela gravidade do Sol. De acordo com Amir Siraj, qualquer objeto que esteja a uma velocidade superior a 40 km/s está ultrapassando o limite de velocidade local, além de não ter cruzado com nenhum outro planeta ao longo do caminho.
Sendo assim, o Projeto Galileo de Siraj e Loeb - que ainda não tem data marcada - consiste de uma expedição oceânica de mais de US$1.5 milhão para baixar um ímã maciço gigante “com proporções de uma cama king size” na localização em que se encontra o meteorito, cerca de 300 quilômetros ao norte da Ilha Manus, no mar de Bismarck, no sudoeste do Oceano Pacífico, como mostra a figura acima.
O CNEOS 2014-01-08 excedeu a resistência do material de um meteorito de ferro típico, o que pode facilitar sua recuperação, além da possibilidade de os fragmentos do meteorito serem ferromagnéticos. Porém, não se sabe muito sobre essa parte do fundo do mar, que pode ter ferro terrestre, permitindo que o ímã encontre “coisas que não deveriam”. Além disso, o projeto depende que as correntes marítimas não tenham movido os fragmentos para fora da zona de busca.