Atmosfera já está em transição para o outono
Estamos nos últimos dias do verão de acordo com o calendário astronômico. Mas segundo o calendário meteorológico, a atmosfera já está em transição para o outono. A nova estação se inicia na próxima sexta-feria (20), quando ocorrerá o equinócio de outono.
Alegria para alguns e tristeza para outros, mas estamos nos últimos dias do verão astronômico. De acordo com o calendário meteorológico, estamos em transição para o outono até a próxima quinta-feira (19). Um dia depois, no dia 20 de março, ocorrerá o equinócio de outono às 00h50 pelo horário de Brasília.
O equinócio de outono no Hemisfério Sul (de primavera no Hemisfério Norte) marca o momento exato em que ambos hemisférios da Terra são igualmente iluminados pelo Sol. A partir dessa data, o Sol passa a deixar cada vez mais o Hemisfério Sul enquanto inicia sua jornada de aquecimento no Hemisfério Norte.
Os meses do outono são caracterizados por mudanças bruscas no padrão de tempo. Durante a estação, você pode experimentar calor e trovoadas que dão uma falsa sensação de ainda ser verão. Mas em questão de pouco tempo, uma virada no tempo acompanhada pelo frio te faz acreditar seguramente que é inverno.
Tais características são comuns das estações de transição (primavera e outono) que separam o período frio do quente ou vice-versa. De agora em diante, uma batalha nos céus é travada entre o ar quente e úmido do norte e o ar frio e seco do sul. Em alguns casos, os contrastes das massas de ar aliado ao cisalhamento do vento terminam em tempo severo, especialmente nos estados sulistas que estão na linha de frente dos sistemas frontais que chegam ao Brasil.
Na Antártica, os primeiros sinais de aparição do vórtice polar já podem ser observados nas simulações numéricas, sendo um indicativo de que condições mais frias começam a se estabelecer no polo sul, seguindo a sazonalidade. No entanto, outras mudanças importantes na circulação de grande escala e nas condições de tempo se iniciam com o fim do verão, como o enfraquecimento do sistema de monção da América do Sul, a retração das trovoadas em direção a região norte do Brasil e as primeiras rodadas de ar frio e seco.
A intensificação gradativa do contraste de temperatura nas latitudes médias ao longo do outono adiciona aos poucos energia a corrente de jato, acompanhando também sua migração gradual em direção ao norte. Eventualmente, a corrente de jato pode enviar fortes perturbações sobre a América do Sul, de modo que “os portões antárticos” são abertos para o ar gélido de sul alcançar às terras do Brasil.
Abril por exemplo, é um mês que já pode fazer muitos brasileiros usarem cobertores e blusas de frio. O fim de abril de 2016 e 2017 registraram os primeiros períodos frios mais significativos daqueles anos. Em 2018 e 2019, foi mais tarde, durante a segunda quinzena de maio. Clique aqui para saber mais sobre a previsão climática do trimestre março/abril/maio.
Além da possibilidade de frio e tempo severo, o outono também pode reservar surpresas como ciclones subtropicais, principalmente no começo da estação, mas para saber mais sobre esse assunto, clique aqui.