Bebidas energéticas: quando consumidas excessivamente, que efeitos provocam em crianças e adultos?

O consumo de bebidas energéticas, ricas em cafeína, é muito comum entre os jovens e entre alguns adultos. Por necessidade ou por recreação, são cada vez mais pessoas a consumir grandes quantidades destas bebidas, que acabam por ter efeitos nefastos para a saúde. De entre muitos casos anónimos, houve um caso que ganhou destaque há pouco tempo.

Um jovem adulto, na casa dos 30 anos, tentou impressionar os colegas de trabalho, tendo para esse efeito consumido uma dúzia de bebidas energéticas em um espaço de apenas 10 minutos. Este indivíduo, desde tenra idade ligado ao mundo dos videogames, sempre teve dificuldade no relacionamento com outras pessoas. Desta forma, e para se conectar com os seus colegas de trabalho, executou esta proeza que o levou às urgências hospitalares.

Depois de ter excedido largamente a dose diária recomendada de cafeína (mesmo estando bastante habituado ao seu consumo) e açúcar, este indivíduo começou por se sentir mal, queixando-se de dores no peito e no estômago, para além de um ritmo cardíaco extremamente elevado. Mesmo com estes sintomas, esperou mais de 24 horas até pedir ajuda médica, mesmo depois de já ter tido vários episódios de vômito e não conseguir consumir qualquer tipo de alimento.

Doença cada vez mais comum

Chegado ao hospital, este homem foi diagnosticado inicialmente com hiperglicemia, uma condição que ocorre quando há um aumento significativo de açúcar na corrente sanguínea. Após uma série de exames adicionais, foi diagnosticada pancreatite aguda, que se caracteriza por se verificar um excesso de enzima pancreática lípase no sangue.

Essa condição afeta gravemente o pâncreas, já que a resposta do mesmo é autodestruir-se, podendo levar à morte. Outros sintomas associados a esta condição são a sensação de fraqueza, a sudorese e náuseas, para além de dor no centro do peito que também se pode manifestar nas costas. Apesar de ter recuperado, este paciente deve ter bastante atenção, daqui em diante, com o consumo de álcool e com o tipo de dieta, pois pode apresentar um novo episódio clínico.

Esse tipo de doença pode vir a afetar muito mais pessoas, daqui para a frente, visto que o consumo de bebidas energéticas é cada vez mais usual, entre os jovens e os adultos na casa dos 20 e dos 30 anos de idade. A necessidade de mais horas de concentração, nas já longas jornadas de trabalho fazem com que a probabilidade de se desenvolver esta doença seja cada vez maior.