Brasil brilha na COP29: liderança em agricultura sustentável e bioinsumos
Na COP29, o Brasil se destacou como líder mundial no uso de bioinsumos, adotando biofertilizantes e biodefensivos para uma agricultura mais sustentável. Essa mudança promove maior segurança alimentar e reduz impactos ambientais, destacando o compromisso brasileiro com a sustentabilidade.
O Brasil se tornou um protagonista mundial em termos de agricultura sustentável, liderando o uso de biofertilizantes e biodefensivos, duas tecnologias essenciais para reduzir o impacto ambiental da produção de alimentos. Esses produtos naturais estão substituindo os fertilizantes químicos e os agrotóxicos tradicionais, oferecendo uma alternativa mais segura e saudável tanto para o meio ambiente quanto para a população. Mas o que isso significa para o agricultor brasileiro e para o consumidor final? A revolução nos campos já está em andamento, e o Brasil está na vanguarda desta transformação.
Em 2024, mais de 60% dos produtores brasileiros adotaram o uso de biofertilizantes e biodefensivos, de acordo com dados apresentados pela Embrapa durante a COP29, realizada no Azerbaijão. Esses índices são superiores à média de outros países, como a Europa e o México. O uso crescente desses produtos é uma resposta à crescente preocupação com os impactos ambientais dos insumos químicos, que poluem rios, afetam a saúde do solo e podem ter consequências negativas para a saúde humana.
A força da agricultura familiar
Grande parte do sucesso do Brasil no uso de bioinsumos deve-se à agricultura familiar. Milhares de pequenos agricultores têm investido em alternativas mais sustentáveis, adotando técnicas que ajudam a conservar a biodiversidade, a melhorar a qualidade do solo e a garantir colheitas mais saudáveis.
Os biofertilizantes, que incluem microrganismos que promovem o crescimento das plantas, estão ajudando a restaurar a sa��de do solo, permitindo maior produtividade sem o uso de produtos químicos nocivos. Enquanto isso, os biodefensivos, que incluem agentes naturais de controle de pragas, estão substituindo os pesticidas sintéticos, ajudando a preservar polinizadores e outras formas de vida essenciais para a manutenção dos ecossistemas.
Inovação e crescimento do mercado de bioinsumos
O mercado brasileiro de bioinsumos tem crescido rapidamente, com uma taxa de expansão anual de 21%, quatro vezes superior à média global. Na safra 2023/2024, as vendas de bioinsumos no Brasil alcançaram cifras impressionantes, atingindo 5 bilhões de reais, com destaque para as culturas de soja, milho e cana-de-açúcar. Esse crescimento está diretamente relacionado ao aumento da conscientização sobre os efeitos negativos dos insumos químicos e à busca por alternativas mais seguras.
Os avanços tecnológicos promovidos pela Embrapa têm sido fundamentais nesse processo. A empresa vem investindo em pesquisas que ampliam as possibilidades de utilização de bioinsumos, tornando-os mais eficientes e acessíveis para todos os produtores, inclusive para aqueles em regiões mais isoladas. O objetivo é promover uma agricultura regenerativa, onde o solo não só produza, mas também se regenere, contribuindo para uma produção mais sustentável a longo prazo.
Uma alternativa mais sustentável para o futuro
Os impactos positivos do uso de biofertilizantes e biodefensivos vão além do meio ambiente. Para o consumidor, a adoção desses produtos significa alimentos mais seguros e saudáveis, livres de resíduos de agrotóxicos que podem trazer riscos à saúde. Já para o planeta, significa um passo significativo na redução das emissões de carbono, uma vez que os fertilizantes químicos são grandes emissores de gases de efeito estufa.
A Embrapa, em parceria com governos e organizações internacionais, está preparando novas iniciativas, como o projeto "Jornada pelo Clima", que será apresentado durante a COP30 em Belém, em 2025. Esse projeto visa promover a bioeconomia e práticas regenerativas, engajando não apenas os produtores rurais, mas também a sociedade como um todo em um movimento em prol da sustentabilidade.
O futuro da agricultura está cada vez mais ligado à inovação e à sustentabilidade, e o Brasil está mostrando que é possível produzir de forma eficiente sem abrir mão do cuidado com o meio ambiente. A revolução verde que está acontecendo no campo é um exemplo de como é possível unir produtividade, inovação e responsabilidade ambiental, garantindo um futuro melhor para todos.