Onda de calor intensa atinge boa parte do Cone Sul da América do Sul
Em andamento forte aquecimento em parte do Cone Sul da América do Sul. Com poucas nuvens e pouquíssima chuva, as temperaturas máximas seguirão elevadas e em torno dos 40°C entre o Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai até o fim deste mês.
Os últimos dias de 2019 vai ser marcado por forte calor nas planícies centrais da América do Sul. Este aquecimento também já está sendo sentido em áreas do sul do Brasil, como foi o caso de ontem em que as temperaturas máximas foram muito elevadas em diversas cidades do Rio Grande do Sul.
Modelos numéricos de previsão do tempo indicam que as condições quentes e as temperaturas prejudiciais à saúde persistirão nestas áreas até o dia 31 de dezembro. A partir do dia primeiro de janeiro, o forte aquecimento estará mais restrito em terras Argentinas próximas da Cordilheira dos Andes.
Na tarde de ontem, diversas estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) registraram temperaturas próximas de 40ºC no Estado do Rio Grande do Sul. Entretanto, a máxima foi de 41,2ºC em São Gabriel, município do sul gaúcho.
Outros países do Cone Sul também tiveram altas temperaturas. No aeroporto argentino da província de Santiago del Estero, o termômetro chegou a 41,0ºC. Já no Uruguai, o calor foi menos intenso, mas ainda assim com condições muito quentes. Na cidade uruguaiana de Mercedes, a temperatura máximo foi 36,5ºC.
Motivos do calor
A configuração de nível superior sobre o Pacífico Sul contribuiu para a expansão de uma crista de alta pressão sobre a América do Sul neste fim de semana. O impacto deste sistema nas condições do tempo é favorecer um intenso aquecimento diurno, uma vez que o ar subsidente das altas pressões reduz a nebulosidade no céu e suprime o desenvolvimento de áreas de chuvas, fatores naturais que não deixam a temperatura subir tanto.
No entanto, existem ainda outras forçantes para o aquecimento além das que foram descritas acima (falta nuvens e chuvas). A alta também ajuda a manter os ventos quentes do quadrante norte sobre o Paraguai, norte da Argentina e o Uruguai. Contudo, um outro sistema meteorológico denominado “Baixa do Noroeste Argentino” tem se mostrado configurado e está ajudando a intensificar estes ventos de norte ao longo das planícies centrais.
A somatórias de todos estes fenômenos ocorrendo ao mesmo tempo explica as altas temperaturas previstas até o ano novo. No twitter acima, é possível verificar que o aquecimento no Rio Grande do Sul é visto até mesmo em 850 hPa (1,5 km de altura), através das anomalias positivas de temperatura.