Carros e mar congelados: imagens do frio extremo no sul da Argentina
Uma massa de ar polar de intensidade raramente vista atingiu a Terra do Fogo e Santa Cruz, na Argentina. Imagens espetaculares de ondas que atingem a costa, mas não retornam e de carros congelados.
O inverno no sul da Argentina é frio e com frequente ocorrência de neve. Mas poucos talvez sejam capazes de imaginar o quão intensa e fora da média foi a massa de ar polar que atingiu a região, e agora atua mais sobre o Centro-Sul do Brasil.
A equipe da Meteored Argentina havia previsto e, já vinha relatando, para os argentinos sobre a nevasca, que afetou o centro e o norte da Patagônia, e sobre o sul da região, onde condições persistentes de alta pressão, céu claro e pouco vento favoreceu dias de congelamento incomum, com temperaturas mínima negativas que quebram recordes.
O prefeito de Rio Grande (Terra do Fogo), Martín Pérez, afirmou que "estamos experimentando temperaturas extremas e constantes há mais de uma semana desde 1995".
Segundo informações oficiais do Serviço Nacional de Meteorologia Argentino, nessa cidade, o frio extremo começou na manhã da última quinta-feira, 25, quando se registrou a mínima de 9,6°C abaixo de zero. Posteriormente, o frio não parou de se intensificar dia a após dia, apresentando temperaturas em torno de -16°C na última quarta-feira, 1º. Sem falar nas máximas que foram vários graus abaixo de 0, com sensação térmica de -20°C.
Problemas do dia a dia
Sob essas circunstâncias, vídeos da consequência da onda de frio se multiplicaram nas redes sociais. No mar de Santa Cruz, as ondas chegavam lentamente à costa, congelando e formando amontoados de gelo.
A imagem de capa é um cartão postal que viralizou nesta cidade da Terra do Fogo: um carro Peugeot 205, exposto ao ar livre todos os dias, acumulando uma grande camada de gelo sobre si e ao seu redor.
Em outro vídeo, no Estreito de Beagle, que liga o Oceano Atlântico ao Pacífico, observa-se um movimento incomum na água, sendo parcialmente congelado com pequenos pedaços de gelo flutuante.
Nas residências, o grande problema foi o congelamento de tubulações e o suprimento de água. Muitos moradores deixam a torneira aberta para que o suprimento escoe e a água não congele. Além disso, um trabalho extra é acrescentado no dia a dia: a retirada do grande acúmulo de gelo nos telhados e nas calçadas.
A presença de gelo na estrada também trouxe a dificuldade para o tráfego, aumentando o risco de acidentes nas vias.
Até quando o frio polar?
As temperaturas polares continuarão na região, talvez não tão rigorosas devido ao aumento da cobertura de nuvens e também à probabilidade da ocorrência de neve isolada nesta sexta-feira.
No início da próxima semana, com a previsão de vento norte, as temperaturas se manterão em patamares baixos, mas mais normais para a época, proporcionando uma condição mais amena para a região, no entanto, para nós brasileiros, ainda de muito frio.