Chuva frequente mantém solo úmido e garante desenvolvimento do café
Com chuva frequente, café no sul mineiro, maior área produtora do grão no Brasil, segue com excelente desenvolvimento. Com altos volumes, umidade do solo continua em boa manutenção e garante desenvolvimento da safra. Cultura se encontra no estágio de maturação.
A chuva não tem dado trégua sobre boa parte do Brasil Central nesses últimos dias. A primeira quinzena do mês de março foi marcada por muita chuva em áreas produtoras, o que manteve os altos índices de água disponível no solo.
Vale ressaltar que a chuva que vem sendo registrada ultimamente tem sido bem característica para a época do ano, pancadas rápidas, intercaladas com períodos de sol e calor, condição muito importante para o ciclo de desenvolvimento de uma cultura.
No verão são comuns os temporais no fim de tarde, após o predomínio do sol e da elevação da temperatura, o que geralmente preocupa e muito os produtores rurais, uma vez que os fortes ventos e as eventuais quedas de granizo derrubam os grãos. Apesar da preocupação com as tempestades, os cafeicultores vêm observando um desenvolvimento excelente da cultura, a qual se encontra em fase de enchimento de grãos e maturação.
Tempo nos próximos dias
A semana começa com umidade organizada sobre o Sudeste e esta condição deve persistir pelo menos até boa parte da quarta-feira (17). Até lá, pancadas de chuva ainda podem ser registradas no sul de Minas Gerais, onde não se descarta a possibilidade para novos temporais com vendaval, descargas elétricas e eventual queda de granizo, o que preocupa cafeicultores da região.
A partir de meados da semana, a distribuição de chuva muda sobre o Brasil Central com a formação de uma nova frente fria no Sul do Brasil. As instabilidades passam a ficar concentradas especialmente sobre áreas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul devido a atuação de duas áreas de baixa pressão atmosférica, uma sobre o Paraguai e outra no sul gaúcho.
A chuva não ficará presa no Sul do Brasil durante muito tempo, pois a frente fria avança de forma rápida em direção ao Oceano Atlântico. Logo, a quebra do corredor de umidade também não será duradoura. Até o final da semana, instabilidades junto às temperaturas elevadas, voltam a favorecer pancadas de chuva sobre áreas produtoras de café.