Chuvas fortes, inundações e mortes no Paquistão
Faz uma semana que o Paquistão está sendo atingido por chuvas fortes. Parte do país registrou centenas de mortes, interrupção de energia elétrica e desalojados nos últimos dias. Karachi, a capital financeira do país, também foi fortemente afetada pelas chuvas.
Pelo menos desde o domingo passado (23) fortes chuvas castigaram o Paquistão. Inundações repentinas varreram cidades e vilarejos do país com um total de 36 vítimas fatais. A capital financeira, Karachi, também foi afetada e registrou vinte mortes em incidentes relacionados à chuva.
Outras 16 pessoas morreram em inundações na província de Khyber Pakhtunkhwa, localizada no noroeste do país. Em Karachi, houve interrupção no fornecimento de energia elétrica de forma generalizada, complicado ainda mais a vida dos 15 milhões de habitantes da cidade. O transporte público também ficou prejudicado e muitos trabalhadores não conseguiram chegar até suas casas.
Muitos veículos foram arrastados pelas ruas da cidade nas fortes inundações dos últimos dias. Além das mortes reportadas anteriormente, fala-se em mais 8 pessoas que morreram no desabamento de um muro em uma área residencial. Entre essas vítimas estão algumas crianças.
No distrito de Swat 21 residências foram destruídas nas inundações e 18 no distrito de Upper Kohistan. De acordo com o Departamento Meteorológico do Paquistão (PMD), houveram altos acumulados de chuva em 24 horas - entre os dias 25 e 26 de agosto - em partes do país, como em Malamjabba (108 mm) e Balakot (103 mm).
Na sexta-feira (28), a cidade de Cherat registrou 68 mm de chuva e entre os dias 26 e 27 de agosto, mais 19 casas foram danificadas e outras 3 mortes foram reportadas após chuvas fortes no distrito de Sudhnoti, na região da Caxemira controlada pelo Paquistão.
As chuvas no Paquistão já totalizam mais de 40 mortes nas últimas semanas. Contudo, pelo menos 136 pessoas já morreram no país desde junho com incidentes relacionados à chuva. Vários paquistaneses estão revoltados com as autoridades por não tomarem medidas que minimizem os problemas e as mortes relacionadas ao tempo.
O Paquistão que está debaixo das águas das monções está em um momento que o governo luta para conter a disseminação do novo coronavírus. Cerca de 6.283 pessoas já morreram com a doença desde fevereiro, quando o país registrou o seu primeiro caso.
Anualmente a temporada da monção da Ásia que vai de julho a setembro gera fortes impactos sociais e econômicos nos países do sul asiático. No mês passado inundações entre a Índia, Nepal e Bangladesh deixaram quase 4 milhões desabrigados, além de causar dezenas de mortes.