Os efeitos da grande amplitude térmica
A diferença de temperaturas no decorrer de um determinado período é chamada amplitude térmica, e uma grande diferença pode provocar efeitos na saúde. O corpo não se adapta tão rapidamente. A conta é feita entre a maior e a menor temperatura do dia.
A amplitude térmica é calculada entre a maior e a menor temperatura registradas no decorrer de um determinado período, pode ser diária, semanal, mensal ou até mesmo anual.
A amplitude é pequena quando a diferença entre a máxima (maior temperatura) e a mínima (menor temperatura) é baixa, caso contrário, se a diferença for alta é a chamada grande amplitude térmica.
Quando ocorre uma grande amplitude térmica os efeitos são notórios, e isso acontece de forma mais recorrente durante uma época mais específica do ano: outono e inverno. Noites, madrugadas e manhãs são mais frias, mas as tardes continuam quentes, isto em algumas regiões do país. Cada região, cada cidade tem uma amplitude diferente.
O que influencia a amplitude térmica
Como dito anteriormente, cada região e até mesmo cada cidade tem uma amplitude térmica diferente, isto porque são vários fatores que provocam alterações na temperatura de uma localidade.
No planeta existem diferentes tipos climáticos que consequentemente apresentam amplitudes térmicas distintas. Por exemplo, em regiões equatoriais a amplitude térmica é muito baixa, pois a diferença de temperatura máxima e mínima geralmente não ultrapassa a casa dos 5°C, é o caso da região amazônica. Enquanto isso, em regiões desérticas a temperatura sofre grande alteração devido a falta de umidade, uma diferença que pode chegar até 40°C entre o dia e a noite.
Além da umidade alguns fatores também influenciam diretamente a amplitude térmica, como é o caso da vegetação, da continentalidade, da maritimidade, da pressão atmosférica e das ilhas de calor comuns em grandes centros urbanos.
Efeitos na saúde humana
Infectologistas mostram em diversos estudos o quanto a amplitude térmica provoca efeitos na saúde humana, uma vez que o corpo não consegue se adaptar rapidamente as mudanças bruscas de temperatura.
Em épocas de grande amplitude térmica aumentam os casos de alergias como rinite, sinusite, asma e infecções respiratórias em geral. No frio, o corpo gasta mais energia para se manter aquecido e isto pode reduzir a capacidade de defesa do organismo, e depois a temperatura sobe ao longo do dia.
A mudança brusca de temperatura costuma deixar as pessoas com baixa imunidade, sobretudo crianças e idosos que são mais vulneráveis. Apesar da faixa etária mais propícia, qualquer pessoa está suscetível aos efeitos das mudanças bruscas no tempo.
O professor de Pneumologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Carlos Carvalho, relata que as vias aéreas são preparadas para permanecer em uma temperatura constante e quando ocorre a mudança brusca, isto pode acarretar irritação até mesmo em quem não sofre de asma e rinite.
Mudanças do quente para o frio e do frio para o quente
Médicos também relatam problemas cardíacos devido aos efeitos das mudanças bruscas de temperatura, e eles são diferentes e graves ao que se diz respeito a amplitude térmica.
Quando a alteração brusca ocorre do frio para o quente, o sangue fica mais espesso e as artérias mais contraídas, o que pode provocar uma queda significativa na pressão sendo necessário um maior esforço para bombear sangue pelo corpo.
Por outro lado, quando a alteração repentina ocorre do quente para o frio, a pressão aumenta sendo possível uma crise hipertensiva.