Está oficialmente encerrada a temporada de furacões do Atlântico de 2023! Qual foi o saldo da temporada?
A temporada de furacões do Atlântico Norte de 2023 está oficialmente encerrada! Esta foi a quarta temporada mais ativa dos registros desde 1950, de acordo com a NOAA, apesar dos efeitos contrários do El Niño.
Na última quinta-feira, 30 de novembro, terminou oficialmente a temporada de furacões do Atlântico Norte de 2023 e com isso a população da América Central e América do Norte, principalmente as ilhas caribenhas e a costa do Estados Unidos, respiram aliviadas, sem novas ameaças de uma nova tempestade tropical ou um furacão se aproximando.
Claro que existem casos de tempestade tropicais e furacões que se formam fora do período oficial, mas esse não deverá ser o caso de 2023, já que não existe a previsão de formação de um novo sistema tropical sobre o Atlântico Norte. Aliás, o último sistema formado foi o furacão Tammy , que se dissipou no dia 29 de outubro.
De acordo com o resumo da temporada feito pela NOAA, essa foi uma temporada muito ativa em termos de número de tempestades nomeadas. Foram 20 tempestades nomeadas no Atlântico Norte, fazendo a temporada de 2023 ocupar o quarto lugar de temporada mais ativa desde 1950, perdendo para as temporadas de 2020, 2005 e 2021.
Das 20 tempestades, 7 se tornaram furacões e 3 se desenvolveram para categoria de furacões intensos (categoria 3, 4 ou 5, pela escala Saffir-Simpson). Geralmente, uma temporada média tem 14 tempestades nomeadas, 7 furacões e 3 furacões de categorias intensas. Esse número de tempestades ficou dentro dos intervalos previstos na atualização da previsão feita pela NOAA no mês de agosto, mas ficou acima dos números previstos antes do início da temporada, no final de maio.
A grande dúvida dos especialistas que realizaram as previsões dessa temporada foi: quem será o grande influenciador desse ano na formação dos furacões, o El Niño ou o Atlântico Norte super quente? Isso porque esses dois fatores causam efeitos opostos na formação e desenvolvimento dos ciclones tropicais no Atlântico.
Enquanto o El Niño desfavorece o desenvolvimento de ciclones tropicais no Atlântico Norte, ao aumentar o cisalhamento do vento na região de desenvolvimento desses sistemas, as águas mais quentes que o normal no Atlântico Norte servem como um combustível extra para a formação e intensificação dos ciclones tropicais.
Mas, aparentemente, as águas quentes do Atlântico conseguiram superar os efeitos inibitórios do El Niño, causando um aumento da atividade das tempestades tropicais neste ano. Felizmente, a maioria dessas tempestades não atingiu a terra, com muitas delas se desviando para o meio do Oceano Atlântico Norte e ficando sobre o oceano aberto.
O sistema mais intenso da temporada foi o Furacão Lee, que atingiu a categoria 5 no oceano aberto, mas só atingiu o continente na Nova Escócia, Canadá, no final do seu ciclo de vida quando era um ciclone pós-tropical. Somente três tempestades atingiram os Estados Unidos: Harold , Idalia e Ophelia. Idalia foi o único furacão a atingir os Estados Unidos este ano, atingindo a Flórida como um furacão de categoria 3, sendo a tempestade mais intensa a atingir a região de Big Bend do estado em mais de 125 anos.
A temporada de furacões do Pacífico também foi muito intensa!
A temporada de furacões do Pacífico Leste, também encerrada no ultimo dia 30 de novembro, também registrou uma atividade de ciclones tropicais acima da média, com 17 tempestades nomeadas, das quais 10 tornaram-se furacões e 8 foram furacões de categorias intensas. A temporada se destacou principalmente devido ao número de furacões acima do normal!
As tempestades do Pacífico deste ano impressionaram com suas intensificações explosivas, alimentadas pelas águas quentes que formavam o El Niño no Pacífico Tropical. Uma delas foi a Tempestade Tropical Hilary, que foi uma tempestade rara que conseguiu atingir a costa oeste dos Estados Unidos, após atingir categoria 4 enquanto passava pela costa oeste do México.
Outra tempestade muito intensa que fez história foi o Furacão Otis que atingiu a região de Acapulco, no México em outubro como um furacão de categoria 5, se tornando o primeiro furacão da história do Pacífico a atingir o continente com categoria máxima. Infelizmente, esse sistema foi o mais devastador e fatal, causando enorme destruição e deixando cerca de 50 mortos.