Estes são os países que têm o nome de figuras históricas: algumas delas nunca chegaram a pisar na região!
Alguns grandes homens nunca lá estiveram, mas o seu contributo para a história foi tão grande que estes países adotaram os seus nomes como seus. Em outros casos, a escolha teve apenas como objetivo destacar os líderes da época.
Regra geral, os nomes dos países têm origem nas suas características geográficas mais representativas ou nos povos que os fundaram.
É o caso, por exemplo, de França, que deriva do latim "franci" (francos). À medida que este povo ganhou influência e desenvolveu um reino duradouro na região, o nome "França" tornou-se a designação comum do território sob o seu controlo. O mesmo acontece com "Engla land" (Inglaterra), que em inglês antigo significa "terra dos anglos".
No caso de "Espanha", uma evolução gradual da palavra "Hispania", cunhada pelos romanos durante a sua ocupação. Embora existam várias teorias, a mais aceite explica que a origem do nome do país vem da expressão fenícia "i-shpan-ya", que significa "ilha dos coelhos" ou "terra dos coelhos". Outras provêm dos nomes de rios, como o Peru, o Uruguai ou a Jordânia, e outras de montanhas, como o Quênia.
Países com nomes de figuras históricas
No entanto, há também países cujos nomes estão ligados a pessoas que desempenharam um papel importante na história. Estes são alguns dos mais significativos.
Estados Unidos da América e Américo Vespúcio
O nome "Estados Unidos" refere-se às três colônias originais que se tornaram independentes do Reino Unido. Mas o termo "América", que se refere ao continente, presta homenagem a Américo Vespúcio (em inglês, Amerigo Vespucci), um explorador, navegador e cartógrafo italiano que se destacou na era da descoberta e exploração geográfica no século XV.
Vespúcio defendia que as terras descobertas por Cristóvão Colombo nas suas viagens ao Novo Mundo não faziam parte da Ásia, como se pensava inicialmente, mas sim de um continente até então desconhecido.
Em sua homenagem, outro cartógrafo, o alemão Martin Waldseemüller, sugeriu, em 1507, o nome "América" para o Novo Mundo em um mapa-múndi, sendo um dos primeiros a reconhecer a América como um continente independente.
Colômbia e Cristóvão Colombo
O nome "Colômbia" deriva de Cristóvão Colombo, o navegador genovês ao serviço dos Reis Católicos de Espanha, mundialmente conhecido por ter efetuado a viagem que levou ao encontro da Europa com o continente americano em 1492.
A história deste nome está ligada ao processo de independência das colônias americanas do domínio espanhol no século XIX. Após a independência, o território que é atualmente a Colômbia fez parte da Grande Colômbia, uma federação que incluía também o Equador, o Panamá e a Venezuela.
A Grande Colômbia foi fundada por Simón Bolívar, um líder militar e político fundamental para a independência de vários países sul-americanos. A federação foi criada com a visão de uma América Latina unida, mas desintegrou-se em 1831 devido a tensões internas.
Após a dissolução da Grã-Colômbia, o território conhecido como Nova Granada adoptou o nome "República da Colômbia" em 1886, que ainda hoje é utilizado. Um facto curioso: Cristóvão Colombo nunca pôs os pés no país que tem o seu nome.
Bolívia e Simón Bolívar
A República da Bolívia foi criada em 1825, pouco depois de o país se ter tornado independente de Espanha. O nome foi proposto pelo líder político e militar argentino José Ignacio de Sucre, um aliado próximo de Bolívar, como forma de gratidão e respeito pelo libertador.
Por outras palavras, o país recebeu o nome de Simón Bolívar em homenagem à sua liderança na luta pela independência e na formação de nações soberanas na América Latina.
Filipinas e Felipe II de Espanha
O nome "Filipinas" provém de Filipe II de Espanha, que era rei durante o período em que o arquipélago foi colonizado por exploradores e conquistadores espanhóis. O navegador e explorador espanhol Ruy Lopez de Villalobos batizou o arquipélago com o nome de Filipe II em 1543.
As Filipinas estiveram sob o domínio espanhol durante mais de três séculos até serem cedidas aos Estados Unidos em 1898, após a Guerra Hispano-Americana. A escolha do nome reflete a influência cultural e política de Espanha na região durante a era colonial.
Arábia Saudita e a família Saud
O nome oficial do país, "Arábia Saudita" (árabe: المملكة العربية السعودية), deriva da família real que governa o país, a Casa de Saud. Em 1932, o fundador da família real al-Saud, Abdulaziz ibn Saud, fundou o Reino da Arábia Saudita.
Antes de o país se chamar Arábia Saudita, a região era conhecida simplesmente como Arábia. A adição de "Saudita" ao nome oficial sublinha a ligação direta à família governante.
A escolha deste nome reflete também a combinação de elementos tribais e religiosos na identidade do país, uma vez que "Saud" está ligado à tribo Saud e "Arábia" à identidade cultural e geográfica da região.
Seychelles e Jean Moreau de Séchelles
Embora a sua etimologia seja incerta e não exista uma explicação definitiva para a sua origem, a teoria mais aceite é que o nome "Seychelles" provém do ministro das finanças francês, Jean Moreau de Séchelles, no tempo do rei Luís XV.
No século XVIII, durante a exploração e colonização francesa das ilhas, estas receberam o nome de Séchelles em honra deste ministro. Paradoxalmente, ele nunca visitou as ilhas.
Com o tempo, a grafia teria evoluído para "Seychelles". As Seychelles são um arquipélago no Oceano Índico, a nordeste de Madagáscar, e são uma nação independente.