Estreia de Barbie nos cinemas! Sabia que a cor rosa não existe na Física?
Saiu a notícia de que o filme Barbie da diretora Greta Gerwig criou um déficit de tinta rosa no mundo. Mas sabia que a cor rosa não existe na Física? Aqui vamos esclarecer como nós vemos a cor rosa no mundo.
Se você acompanhou as notícias dos últimos dias, deve ter visto que os cinemas lotaram de pessoas vestidas de roupas e acessórios rosas para o lançamento do filme Barbie. A divulgação estava tão pesada que a Linha 4 Amarela do Metrô de São Paulo fez um vagão rosa.
Uma notícia também veio à tona que o filme da Barbie, pelo seu set de filmagens extremamente rosa, causou um déficit de tinta rosa no mundo. Tudo isso mostra como o impacto do filme nos fez ver a cor rosa com muito mais frequência que vemos no nosso dia a dia.
Porém, sabia que a cor rosa não existe nos termos físicos de cor. É por isso que não observamos no arco-íris e nem quando usamos um prisma. Vamos explicar essa confusão envolvendo a cor rosa.
Luz: partícula e onda
A luz possui uma natureza dual. Isso significa que ela pode ser descrita como onda e como partícula. Nós podemos observar a luz como ambos os fenômenos e há experimentos que comprovam isso. Quando consideramos a luz como partícula, essa partícula recebe o nome de fóton e não possui massa.
Mas quando consideramos a luz como onda, nós podemos atribuir propriedades ondulatórias como comprimento de onda e frequência para a luz. O comprimento de onda seria a distância entre dois picos ou quando a onda se repete.
Espectro eletromagnético
Os diferentes valores do comprimento de onda da luz compõem o espectro eletromagnético. Nós chamamos os menores valores de comprimento de onda do espectro de raios gama, com valores menores que 0.0001 nanômetros, até os maiores que são ondas de rádio que podem alcançar 1000 metros.
Dentro do espectro, nós temos o espectro do visível que é o intervalo entre 400 nanômetros até 700 nanômetros. O espectro visível recebe esse nome porque é o intervalo de comprimento de onda que enxergamos.
Mas se observar bem as cores do espectro, percebemos a falta de algumas cores. Entre elas, a cor rosa. Não há um comprimento de onda rosa no espectro eletromagnético.
Arco-iris e prisma
Esse é um dos motivos que quando observamos um arco-íris não há a cor rosa nele. E a falta de outras cores também é explicado pelo mesmo motivo.
De forma igual, quando utilizamos um prisma para separar os comprimentos de onda da luz branca, nós conseguimos ver as 7 cores: violeta, anil, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho. Cores como magenta, rosa, roxo e marrom não fazem parte.
Círculo de cores
Porém, quando você analisa um círculo de cores ao juntar as duas extremidades do espectro visível, você percebe que ali estaria as cores magenta, rosa e roxo.
O círculo de cores nos indica como o nosso cérebro consegue interpretar a cor rosa.
Tudo começa nos olhos!
Os olhos são receptores da luz. Eles possuem cones que quando a luz atinge os nosso olhos, passam informação até chegar ao cérebro. Nesse sentido, podemos dizer que todas as cores são ilusões do cérebro.
Acontece que para criar a ilusão do azul, é necessário apenas um comprimento de onda atingir nossos olhos. Já no caso do rosa, roxo e magenta é necessário que mais de um comprimento de onda atinja: comprimentos de onda das extremidades do espectro visível.
Quando dois comprimentos de onda chegam ao mesmo tempo, o cérebro tem que interpretar criando uma cor que não possui comprimento de onda próprio, no caso o rosa ou magenta.
Todas as cores são ilusões e interpretações do cérebro
Sempre bom lembrar que qualquer cor é uma interpretação do cérebro. No caso dos olhos humanos, são interpretações do espectro visível porém há outros animais que observam em outros comprimentos de onda. Ou seja, a definição de cor muda.
O rosa pode não ter um comprimento de onda próprio mas para o nosso cérebro ele permanece tão real quanto qualquer outra cor!