Evento cósmico! Um raro alinhamento dos planetas será visto no Brasil neste sábado
No sábado, dia 29/06, acontecerá um evento raro onde os planetas estarão alinhados no céu e será visto do Brasil
A dinâmica dos planetas do Sistema Solar é uma das coisas mais complexas e belas da Astronomia. Estudar as posições e as órbitas dos planetas próximos é uma das coisas mais antigas estudadas pela humanidade que vem desde a Antiguidade. O interesse pelo estudo do céu começou, em parte, pelo interesse em entender como os planetas próximos a nós estavam se movendo.
As posições dos planetas incentivou a busca pelo conhecimento da Astronomia e também impactou muitas culturas como a Astrologia em diferentes lugares. Na Ciência, compreender a dinâmica do Sistema Solar nos dá respostas sobre a evolução e também como planejar missões de exploração espacial. Além de ser um dos primeiros alvos de observação de astrônomos amadores.
No sábado, dia 29/06, a dança dos planetas entrará em uma formação rara do ponto de vista da Terra. O alinhamento será entre Lua, Júpiter, Marte e Saturno e será possível observar o acontecimento no céu aqui no Brasil. O evento se chama conjunção e apesar de conjunções serem comuns, uma conjunção com quatro corpos celestes é raro.
Conjunções planetárias
Os eventos mais comuns de se observar no céu são chamados de conjunções planetárias. Esses eventos acontecem quando dois ou mais astros, geralmente planetas, estão alinhados quando observados da nossa perspectiva. Uma conjunção geralmente contém também a Lua. Quanto mais corpos estiverem alinhados, mais rara é a conjunção.
O brilho e a visibilidade da conjunção depende da posição dos planetas e das condições climáticas dos locais aqui na Terra. Planetas mais próximos, como Vênus, tendem a ser mais brilhantes e as conjunções serem mais visíveis. Conjunções contendo os planetas Júpiter, Marte e Saturno, como a desse sábado, também são visíveis e uma ótima oportunidade de observação.
Alinhamento de 4 corpos
A conjunção que acontecerá nesse sábado é composta por 4 corpos sendo a Lua e mais 3 planetas. Os planetas que estarão alinhados serão Marte, Júpiter e Saturno. Marte é um dos planetas vizinhos da Terra e é um dos planetas mais fáceis de ser observado no céu. O planeta pode ser encontrado pela sua cor avermelhada e a posição dele no céu depende das posições relativas entre ele e a Terra.
Júpiter e Saturno são os dois maiores planetas do Sistema Solar e também podem ser encontrados mais facilmente. Eles são alguns dos corpos mais brilhantes no céu noturno e o alinhamento com Marte será um evento incrível. Essa será uma oportunidade para tirar fotos incríveis dos 3 planetas alinhados com a Lua e deixar registrado esse momento consideravelmente raro.
Observação no Brasil
Felizmente, a conjunção será vista tanto no hemisfério Norte quanto no hemisfério Sul. No Brasil será possível observar a conjunção na noite de sábado. Apesar disso, o horário que a conjunção será mais visível será na madrugada de sábado para domingo. Além disso, a conjunção será vista a olho nu e não precisará de telescópios.
Uma das sugestões é esperar até cerca de 4h a 5h da manhã no domingo e observar na direação do Leste um pouco antes do Sol nascer. Para encontrar a conjunção é fácil considerando que a Lua fará parte desse desfile de astros como a NASA chamou. Eles não estarão necessariamente em uma linha reta mas da nossa perspectiva eles passarão como um verdadeiro desfile.
Como identificar planetas?
Ao observar o céu, um dos desafios pode ser diferenciar planetas e estrelas já que todos parecem como pontos brilhantes. Uma das formas de conseguir distinguir é observar como o ponto brilha se está piscando ou se é um brilho constante. Estrelas piscam porque a luz que entra na atmosfera tem a trajetória alterada pela turbulência. Os planetas não possuem esse efeito.
O motivo é que os planetas estão muito mais próximos do que as estrelas então muito mais fótons chegam até nós que são refletidos dos planetas. Por causa disso, mesmo que a turbulência altere a trajetória de alguns fótons, no geral o brilho permanece o mesmo. Com estrelas isso não acontece já que elas estão muito mais distantes e apenas alguns poucos fótons conseguem chegar até nós.