Focos de incêndios aumentam nos biomas brasileiros em março de 2024. Saiba quais foram os mais atingidos!
O mês de março de 2024 foi marcado pelo aumento na quantidade de focos de calor nos biomas brasileiros. Confira os detalhes.
Os biomas brasileiros continuaram a sofrer com as chamas no mês de março, mesmo sendo o mês chuvoso em algumas regiões do Brasil.Com exceção do Pampa, todos os outros biomas apresentaram uma quantidade de queimadas acima da média esperada.
Na savana brasileira, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou 1806 focos de calor, a maior quantidade para o mês de março em toda a história do monitoramento do órgão, iniciada em 1999.
Além disso, o valor também é três vezes maior do que a média esperada para o mês, de 594 focos, e representando um aumento de 113% em relação a março de 2023, quando foram registrados 845 focos. Número de focos por Estados:
- Maranhão: 68.060 focos;
- Tocantins: 51.716 focos;
- Mato Grosso: 42.967 focos;
- Piauí: 27.369 focos.
Atualmente, apenas 8% do Cerrado está protegido por meio de unidades de conservação. Ainda assim, essas áreas tiveram 26,5 mil hectares desmatados em 2023, segundo dados do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). O Instituto Nacional do Semiárido (INSA) chama a atenção para o fato de que as causas que levam à desertificação estão relacionadas às atividades humanas. Com o passar do tempo, a exploração excessiva do solo pode levar à infertilidade da terra.
Consequentemente, haverá uma tendência de diminuição da produtividade agrícola no Cerrado. E essa falta de produtividade tende a ser crescente até o dia em que não será produzido mais nada.
O Pampa foi o único bioma que teve uma redução significativa!
Embora tenha reduzido, em 2023, cerca de 36% da perda da floresta primária na comparação com 2022, o bioma Amazônia registrou 2.654 focos de calor neste último mês. Este é o segundo valor da série histórica, só perdendo para 2019, quando foram computados mais de 3.000 focos.
Na Caatinga, bioma exclusivo do Brasil de origem tupi-guarani, que ocupa 11% do território nacional, foram computados 175 focos de calor, número 28% maior do que a média para o mês, de 136 focos. No Pantanal, a situação foi um pouco pior, com um aumento de 151% em relação à média do mês de março.
Na Mata Atlântica, que está no seu período chuvoso, foram registrados 612 focos de calor, um valor 24% maior do que a média do mês, que é de 493 focos. Ao contrário dos outros biomas, o Pampa teve uma redução significativa no número de queimadas registradas. Em março de 2024, foram computados 25 focos apenas, valor 56% menor do que a média para o período (57 focos).
As autoridades têm ido em busca de estratégias para combater os estragos causados pelas chamas no Brasil, agravadas pelas mudanças climáticas, principalmente no Cerrado e Amazônia, que sofreram com os maiores números de focos.