Furacão Genevieve causa destruição no México

Depois de se intensificar rapidamente na terça-feira (18) e se tornar um furacão de categoria 4, com ventos intensos superiores a 200 km/h, Genevieve enfraqueceu significativamente na quarta-feira e está novamente se tornando um furacão de categoria 1, com ventos que podem atingir a velocidade de 136 km/h.

Ainda assim, espera-se que o furacão passe mais perto da terra do que havia sido previsto anteriormente, podendo causar grande destruição. Na noite de quarta-feira (19), seu centro estava a apenas 130 quilômetros de distância da península de Baixa Califórnia, movendo-se para noroeste.

O Oceano Pacífico Oriental tem registrado uma quantidade menor de furacões e tempestades do que a média nesta temporada, mesmo com o Oceano Atlântico registrando atividade recorde no início da temporada.

Ainda assim, Genevieve teve uma intensificação extremamente rápida, com a velocidade dos seus ventos máximos aumentando bruscamente na terça-feira (18). Em parte, o fenômeno ocorre por conta das temperaturas mais altas do Oceano Pacífico.

Estudos indicam que, cada vez mais, as tempestades passarão por períodos de rápida intensificação na região. No entanto, o desenvolvimento de um episódio de La Niña ao longo dos próximos meses deve contribuir para manter a atividade de furacões baixa no Pacífico.

Impactos do Furacão

O centro do furacão deve passar a cerca de 100 quilômetros da costa durante a quinta-feira de manhã, antes de se afastar do continente na sexta-feira.

Como os ventos mais intensos ocorrem dentro de uma distância de até 50 quilômetros do centro do furacão, isso significa que eles não devem causar grandes danos. No entanto, apenas um ligeiro desvio para leste pode trazer grande destruição para a costa.

Os ventos já atingiram rajadas superiores a 110 km/h na cidade de Cabo San Lucas, no extremo sul da península, e valores próximos a 130 km/h no aeroporto ao norte da cidade.

As chuvas intensas causaram enchentes ao redor de Cabo San Lucas na tarde de quarta-feira (19). Foram registrados 42 mm de chuva acumulada em poucas horas, em uma região que costuma registrar pouquíssima chuva ao longo do ano. O tempo severo deve continuar ao longo desta quinta-feira na região, com potencial para transtornos.

Tempestade não deve aliviar onda de calor nos Estados Unidos

Enquanto a tempestade ocorre no mar, o oeste americano experimenta uma onda de calor muito intensa, com temperaturas recordes e dezenas de incêndios, condições que deixam os moradores da região desesperados por temperaturas mais amenas e chuva.

Infelizmente, a tempestade permanecerá distante e se dissipará nas águas mais frias do Oceano Pacífico até o domingo (23), o que significa que não será capaz de trazer alívio para a região.

De acordo com o meteorologista Tom Sater da CNN, "Haverá um ligeiro aumento na umidade e as temperaturas podem cair alguns graus, mas continuarão acima da média e as chuvas de monção continuarão pouco frequentes entre sexta e sábado".