Furacão Nana atinge Belize, Honduras, Guatemala e o México
A tempestade virou um furacão durante no final da quarta-feira (02) e atingiu Belize no início desta quinta-feira (03), reduzindo novamente de intensidade após penetrar o continente. Nana causará chuva pesada, enchentes e deslizamentos não só em Belize mas também Honduras, Guatemala e sul do México.
De maneira inesperada, a tempestade tropical Nana evoluiu e se tornou um furacão entre esta quarta-feira (02) e quinta-feira (03), com ventos sustentados de aproximadamente 120 km/h. A intensificação ocorreu num período de poucas horas.
O Furacão atingiu Belize, na América Central, no início desta quinta-feira, entre as cidades de Dangriga e Placencia, passando cerca de 100 km ao sul da Cidade de Belize.
Nana se formou na terça-feira, cerca de 200 km milhas ao sul-sudoeste da Jamaica, e já é o quinto furacão e a décima quarta tempestade tropical desta temporada.
Assim que as previsões começaram a indicar a intensificação de Nana, alertas foram emitidos para toda a costa leste de Belize e Guatemala e também para a costa norte de Honduras.
Assim que receberam os alertas, habitantes das áreas com maior risco começaram a estocar alimentos e água, além de comprar materiais de construção para selar portas e janelas.
As autoridades de Belize não relataram ferimentos ou mortes quando Nana atingiu o solo nesta madrugada. Milhares de pessoas, principalmente no sul do país, moveram-se para abrigos governamentais.
Após atingir Belize e penetrar no continente, o sistema enfraqueceu e não é mais categorizado como um Furacão. Ainda assim, Nana continua sustentando ventos que podem atingir até 110 km/h e deve trazer chuva pesada, com potencial para causar enchentes e deslizamentos também em toda a região de Belize, Guatemala, Honduras e Sul do México.
Nana continua se deslocando para sudoeste, e uma crista em níveis baixos da atmosfera (região de alta pressão) deve manter o sistema se movendo nesta direção, sem grandes mudanças em sua trajetória.
Apesar da rota direta para o oceano Pacífico Leste, a tempestade não deve voltar a se intensificar. As previsões oficiais indicam que o sistema continuará decaindo e deve se tornar uma região de baixa pressão remanescente na sexta-feira, com pouco potencial de causar danos à população.
Esta temporada tem registrado uma atividade muito alta na formação de furacões. Desde o início da era dos satélites, na década de 1960, apenas seis anos registaram uma formação tão frequente de furacões.
Nana e a tempestade tropical Omar são, respectivamente, a décima-quarta e décima-quinta tempestades nomeadas do Atlântico, cada uma delas quebrando um recorde da temporada extremamente ativa de 2005.
Omar deve enfraquecer até o final desta semana. Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, os meteorologistas continuam observando duas áreas de possível formação de novos furacões. Caso mais tempestades continuem se formando, a temporada de 2020 pode se tornar a mais ativa das últimas décadas.