GOES-18: Uma nova era de satélites meteorológicos se inicia
Nesta terça-feira, um foguete espacial foi lançado levando consigo um novo satélite meteorológico, que será batizado de GOES-18 e vai inaugurar uma nova era para a previsão do tempo e monitoramento climático.
O foguete espacial Atlas 5 decolou do Cabo Canaveral (Estados Unidos) nesta terça-feira, levando a bordo um satélite que deve iniciar uma nova era do monitoramento meteorológico e da previsão do tempo.
Nos próximos dias, cientistas da NOAA e da NASA vão monitorar o progresso do equipamento até que alcance órbita geoestacionária - onde será capaz de manter a mesma velocidade de rotação do planeta e, portanto, observar sempre a mesma parte do globo.
O satélite, atualmente chamado de GOES-T, será renomeado como GOES-18 e fará parte de uma nova geração de satélites capazes de obter imagens avançadas, medições atmosféricas, mapeamento em tempo real da atividade de raios e monitoramento do clima espacial. O satélite substituirá o GOES-17 e trabalhará em conjunto com o GOES-16 para monitorar mais da metade do globo - desde a costa oeste da África até a Nova Zelândia.
O que o novo satélite GOES-18 será capaz de observar?
Alguns dos instrumentos deste satélite são capazes de varrer a terra cinco vezes mais rápido e com quatro vezes mais resolução do que o satélite anterior, além de apresentar três vezes mais canais de observação. O resultado será um refinamento nunca antes visto no monitoramento de tempo severo e na previsão do tempo.
Outro avanço do satélite é a presença do instrumento Geostationary Lightning Mapper (GLM), capaz de identificar descargas elétricas e ajudar os meteorologistas a capturar tempestades em estágios iniciais de desenvolvimento, antes que produzam ventos prejudiciais, granizo ou até tornados.
Além disso, um conjunto de instrumentos a bordo será capaz de monitorar o sol e as erupções solares, observando o clima espacial e emitindo alertas de interrupções para concessionárias de energia, sistemas de comunicação e navegação, bem como para danos de radiação aos satélites em órbita.
Como se não fosse o suficiente, o GOES-T também carrega um magnetômetro atualizado, capaz de medir variações no campo magnético terrestre, auxiliando também estudos e pesquisas geofísicos.
Confira a lista completa do que o satélite fornecerá
- Dados críticos sobre o nordeste do Oceano Pacífico, onde muitos dos sistemas climáticos que afetam as américas se original;
- Detecção, monitoramento e estimativa de intensidade de incêndios;
- Detecção de nuvens baixas e neblina;
- Previsões de trajetória e intensidade de furacões;
- Monitoramento de eventos atmosféricos fluviais que podem causar inundações e deslizamentos de terra;
- Monitoramento de fumaça e poeira;
- Dados para avisos e alertas de qualidade do ar;
- Detecção de erupções vulcânicas e monitoramento de cinzas e dióxido de enxofre;
- Dados de temperatura da superfície do mar para monitoramento da pesca e da vida marinha;
- Aviso de perigos climáticos espaciais responsáveis por interrupções de comunicações e navegação e apagões de energia;
- Monitoramento de partículas energéticas responsáveis por riscos de radiação.