Grande projeto verde no Equador: conservar quase 2 milhões de hectares de florestas
O Equador anunciou no dia 13 de setembro a proteção de 65 mil hectares (ha) de florestas nativas. Isto faz parte de um grande projeto que visa proteger 1,9 milhão de hectares.
Proteger as florestas é uma solução natural para enfrentar a crise climática. As árvores atuam como filtros que absorvem o dióxido de carbono, um dos gases de efeito estufa, e contribuem positivamente para o ciclo hidrológico.
No dia 13 de setembro, o governo do Equador anunciou que 65 mil hectares (ha) de florestas nativas farão parte de uma iniciativa de conservação, projeto que é patrocinado pela cooperação alemã e pelo World Wildlife Fund (WWF).
14 nacionalidades indígenas vivem na Amazônia equatoriana. Um eixo do projeto é melhorar as condições de vida das comunidades amazônicas, promovendo a economia local de uma forma que respeite o meio ambiente, através do “bioempreendedorismo”.
O Ministério do Meio Ambiente do Equador anunciou que a área protegida está sob custódia das comunidades Mashientzi e Tinkias, na província de Napo. Cerca de 500 residentes das comunidades beneficiarão de um incentivo económico no valor de 158 mil dólares.
Uma meta mais ambiciosa
O programa Projeto Sócio Bosque é uma estratégia nacional do Equador para conservar florestas nativas, abrangendo atualmente 77 ecossistemas. Este projeto tem objetivos ambiciosos, o plano até 2025 é conservar cerca de 1,9 milhões de hectares de florestas.
Enorme riqueza verde no Equador
O Equador, em seus 276.841 km², apresenta uma grande variedade de regiões naturais que o tornam um país megadiverso e um dos maiores centros de concentração de espécies do mundo.
51,2% do território continental é coberto por florestas nativas, das quais 74% estão na região amazônica, onde vive 10% da flora do planeta.
Desmatamento em números
No Equador, entre 2014 e 2016, a taxa de desmatamento foi de cerca de 94.000 hectares anuais, um número 1,4 vezes maior que a área conservada atualmente. Nos últimos anos, a exploração madeireira tem diminuído, mas os números ainda são alarmantes.
99% das áreas desmatadas foram transformadas em áreas agrícolas, e essa mudança significou a segunda maior emissão de gases de efeito estufa em todo o país.