Imagens desoladoras dos incêndios na Região do Mediterrâneo
As temperaturas ultrapassam os 40°C no Mediterrâneo e o fogo está fora de controle. Somente na Turquia foram registrados 85 incêndios que já deixaram 4 mortos e 200 feridos. A situação é desoladora.
O ministro da Agricultura da Turquia, Bekir Pekdemirli, disse na sexta-feira que 74 dos 85 incêndios florestais registrados desde a quarta-feira (28) estão sob controle graças ao trabalho de 4.000 soldados, 6 aviões, 45 helicópteros e 55 veículos pesados. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, declarou no sábado (31), um estado de desastre nas regiões do país afetadas pelos incêndios florestais, que já causaram pelo menos quatro mortes e quase 200 feridos, segundo o último balanço oficial.
Três das vítimas morreram em Manavgat, 75 quilômetros a leste de Antalya, uma das áreas mais turísticas do país, onde 27 áreas residenciais tiveram que ser evacuadas. O quarto apareceu 290 quilômetros a leste de Manavgat, em Marmaris, na província de Mugla. É, segundo a agência Efe, um vizinho que tentava ajudar os bombeiros nas tarefas de extinção.
Na Espanha, o quadro é semelhante. Esta semana, a Catalunha experimentou o incêndio florestal mais devastador dos últimos dois anos. Mais de 1.300 hectares de terra foram queimados entre Conca de Barberà e Anoia, e cerca de 200 pessoas foram evacuadas devido ao perigo das chamas "devorarem" suas casas.
Os focos de incêndio continuam ativos e as previsões para os próximos 10 dias na região do Mediterrâneo não são animadoras. O índice de risco para o perigo de incêndio continua em valores "muito extremos", de acordo com o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais.
À medida que a crise climática avança, temperaturas mais altas, mais ondas de calor e, em última instância, condições mais favoráveis para o início de incêndios são esperadas. Previsões e estudos de longo prazo de incêndios indicam que os países mediterrâneos se destacariam entre os mais afetados no mundo por este fenômeno.
Nesta altura, de acordo com vários estudos, o Mediterrâneo já se destaca como um dos territórios mais expostos às mudanças climáticas. Em países como a Espanha, o aquecimento global está progredindo 20% mais rápido do que no resto do planeta. Se isso continuar, o calor extremo e as secas podem se tornar uma caixa de pólvora que acende com mais frequência e intensidade.