Incrível! Após 2 séculos de desaparecimento, esta espécie ressurge!
O Ilex sapiiformis (azevinho pernambucano) é uma árvore endêmica no Brasil. Os cientistas pensaram que a espécie estava extinta, mas encontraram vários exemplares no Nordeste do país.
Boas notícias para a biodiversidade! O Brasil encontra uma de suas espécies endêmicas: o Ilex sapiiformis (azevinho pernambucano). Já se passaram quase 2 séculos desde que esta árvore foi vista pela última vez aqui no nosso país.
O que é ainda mais incrível é que os pesquisadores encontraram várias árvores com flores brancas características em uma área urbana de quase 6 milhões de habitantes no Nordeste do país, anunciou a equipe de cientistas.
Registrado pela primeira vez em 1838
Pelo seu nome científico, Ilex sapiiformis é uma árvore pertencente à família do azevinho. Pode atingir de 8 a 12 metros de altura. Foi observado novamente no Pernambuco, após 6 dias de expedição, conforme revelou o site Libération.
A equipe que procura o Ilex sapiiformis faz parte do grupo ambientalista por trás do projeto Re:wild, conhecido graças ao seu cofundador, ninguém menos que o ator de Hollywood Leonardo DiCaprio. Mais chamada de Pernambucana Ilex, a espécie arbórea foi registrada pela primeira (e única!) vez pelo biólogo escocês George Gardner em 1838.
Foi observada novamente em 22 de março de 2023, 185 anos após seu primeiro censo pela ciência ocidental. Foi nesta data que a equipe da expedição encontrou 4 exemplares às margens de um pequeno rio na cidade de Igarassu, arredores de Recife, em Pernambuco.
Descoberta perto de uma cidade grande!
O que mais surpreende a comunidade científica interessada na espécie é que o Ilex pernambucano cresceu em uma área urbana desenvolvida: "É incrível que o Ilex pernambucano tenha sido redescoberto em uma região metropolitana onde vivem quase seis milhões de pessoas", disse Christina Biggs, responsável pelas espécies perdidas do projeto Re:wild.
“Esta árvore é um exemplo perfeito de por que é importante continuar procurando”, continua ela. Foi graças às suas pequenas flores brancas características da espécie que os cientistas conseguiram redescobrir a árvore brasileira que se pensava estar desaparecida há dois séculos.
O próximo objetivo dos pesquisadores é lançar um programa de reprodução para evitar a extinção dessa espécie endêmica, revela Gustavo Martinelli, líder da expedição.