Julho 2018: o que ocorreu no Brasil e no mundo?
Julho foi mais um mês marcado pela falta de chuvas em grande parte do país. Além da falta de chuvas, esse mês também registrou temperaturas mais altas que o normal para o período de inverno.
Por mais um mês consecutivo, a falta de chuvas e o tempo seco dominou o cenário brasileiro. Julho foi marcado por déficit de chuvas na maioria dos estados brasileiros, com exceção da parte leste do Rio Grande do Sul, o norte do Amazonas e grande parte de Roraima. Esse tempo seco foi responsável pelo aumento do número de queimadas no país, colocando o Brasil em 1º lugar no ranking de queimadas da América Latina.
Na climatologia do mês de julho é comum haver regiões que fiquem com nenhuma ou pouca chuva no mês, principalmente na região central do país. Mas, algumas regiões como o leste da região Nordeste e extremo Norte do Brasil estão passando pelo seu período chuvoso durante esse mês. No caso do leste da região Nordeste, esse mês teve menos chuva que o esperado em quase todas capitais costeiras, o que fez com que os principais açudes e reservatórios voltassem a observar uma diminuição em seus níveis.
Em outras partes do país, como a região Sudeste, Sul e parte da região Centro-Oeste, apesar desse mês não apresentar um acumulado de precipitação muito expressivo, alguma chuva é esperada devido a passagem de frentes frias. Porém, nesse último mês as frentes não conseguiram atingir os estados mais a norte do Rio Grande do Sul. A maioria dos sistemas frontais ficaram restritos ao sul do Rio Grande do Sul e logo se deslocavam para o oceano Atlântico, não influenciando o tempo das regiões mais a norte.
Com essa ausência de frentes frias, Curitiba teve o julho mais seco em quase 60 anos. O estado do Mato Grosso do Sul teve o julho mais seco desde 1999. A cidade de São Paulo teve o julho mais quente em 41 anos e só não teve um mês de julho muito seco por causa da frente fria que conseguiu avançar nos últimos dois dias do mês. Essa frente foi responsável por um acumulado de precipitação que representa cerca de 50% do acumulado esperado de julho em um único dia, quebrando a estiagem de quase 50 dias na capital paulista e de mais de 100 dias no interior do estado. De qualquer forma, o alerta de crise hídrica no estado de São Paulo permanece, o Sistema Cantareira entrou em estado de alerta nos últimos dias, com um nível de 39.7%.
Como foi o mês de julho no resto do mundo?
A intensa onda de calor no hemisfério norte ganhou destaque internacional nesse último mês.Temperaturas recordes têm sido registradas em diversas localidades da Europa, inclusive em países que estão acostumados ao clima frio. Não só as altas temperaturas, mas também a falta de chuvas tem sido uma grande preocupação nesses países. Inglaterra, Alemanha e Bélgica tem vivenciado secas históricas.
O excesso de chuvas também tem feito vítimas no Vietnã, China e Japão. O Japão é o país que mais tem sofrido com os eventos extremos, só nesse mês o país sofreu com a passagem de tufões, chuvas torrenciais, deslizamentos de terra e temperaturas muito altas de até 40°C.