Não é só na Terra! O nosso Sistema Solar está repleto de vulcões!
As principais evidências de atividade vulcânica em corpos extraterrestres são: observações diretas, imaginar a erupção ocorrendo e por meio de mudanças na superfície do corpo. Entenda mais sobre os vulcões e em quais corpos do nosso sistema solar eles estão ativos!
O termo “vulcão” foi definido como uma abertura na superfície da terra na qual cinzas vulcânicas, gases e o material de rocha derretida escapam. Essa definição é mais assertiva para atividades ocorridas no planeta Terra. Para outros corpos do sistema solar os vulcões são geralmente conhecidos como “criovulcões”, pois em vez de entrar em erupção de rocha derretida, eles explodem gases frios, líquidos ou congelados.
Vulcões ativos são aqueles que estão atualmente em erupção ou já estiveram em algum instante da história. A capacidade para detectar erupções vulcânicas iniciou com a invenção de poderosos telescópios e se intensificou com a evolução dos veículos espaciais. No entanto, erupções menores podem não ser vistas facilmente, pois não existem telescópios suficientes para observar todo o sistema solar simultaneamente.
Indícios de atividade vulcânica foram observados na maioria dos planetas e luas do nosso sistema solar. Tais como: Olympus Mons e Tharsis Rise, as maiores características vulcânicas presentes em Marte. Essas características se formaram há milhões de anos, quando os planetas e suas luas apresentavam temperaturas internas elevadas.
Tais observações são oriundas principalmente de veículos espaciais, que identificaram quatro principais corpos que apresentam atividade vulcânica no sistema solar: (1) Planeta Terra; (2) Encélado, uma lua de Saturno - o melhor documentado; (3) Tritão, uma lua de Netuno - o primeiro descoberto; (4) Io, uma lua de Júpiter - o corpo vulcanicamente mais ativo do sistema solar.
Entenda um pouco mais sobre cada um dos vulcões
Saturno - Encélado:
Os criovulcões em Encélado foram documentados pela primeira vez pela sonda Cassini em 2005, capturando jatos de partículas de gelo. O veículo espacial voou em sua pluma, sendo capaz de documentar sua composição como sendo principalmente vapor de água com pequenas quantidades de dióxido de carbono, metano e nitrogênio.
Netuno - Tritão:
Tritão foi o primeiro local do sistema solar onde os criovulcões foram observados, em 1989, por meio de nuvens de gás nitrogênio e poeira de até oito quilômetros de altura. Esses gases se condensam e caem de volta à superfície, formando um manto semelhante à neve. Os cientistas acreditam que a radiação solar penetra nessa superfície de gelo, aquecendo uma camada abaixo, já que a energia geralmente vem de dentro.
Júpiter - Io:
Io é o corpo vulcanicamente mais ativo do sistema solar, o que é surpreendente devido sua grande distância do Sol e sua superfície gelada. No entanto, sabe-se que Io é uma lua muito pequena e que sofre bastante influência da gravidade de Júpiter. Devido a essas atrações, existe uma intensa quantidade de atrito interno, fazendo com que essa fricção aqueça a lua, possibilitando sua intensa atividade vulcânica. Além da Terra, Io é um corpo do sistema solar capaz de produzir erupções extremamente quentes.
Em 2014 a NASA publicou imagens de erupções vulcânicas que ocorreram em Io entre os dias 15 e 29 de agosto de 2013, período em que as erupções lançaram material centenas de quilômetros acima da superfície da lua. A imagem foi adquirida por Katherine de Kleer da University of California, Berkeley, utilizando o Gemini North Telescope, com apoio da National Science Foundation. Foi considerada uma das imagens mais espetaculares de atividades vulcânicas.
Em 2015, pesquisadores da missão New Horizons da NASA montaram imagens coloridas em alta resolução de potenciais criovulcões da superfície de Plutão. Em 2019 eles enfatizaram acreditar que Ahuna Mons é um criovulcão que entrou em erupção da água salgada após uma pluma subir da superfície do planeta anão. E, estamos atentos às próximas descobertas…