NASA encerra a missão InSight em Marte e nova sonda analisa sinais de vida
Missão da NASA foi encerrada devido ao acúmulo de poeira em seus painéis solares, causando a falha na comunicação. Por outro lado, nova sonda foi colocada na superfície de Marte para explorar o solo.
Após mais de quatro anos coletando amostras do planeta vermelho, a NASA encerrou a missão InSight em Marte. A agência já havia decidido declarar a missão encerrada se o modulo de aterrissagem perdesse duas tentativas de comunicação.
O fim já estava previsto, já que a sonda operava com pouquíssima energia há várias semanas, devido ao acúmulo de poeira marciana em seus painéis solares. Os controladores da missão no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), na Califórnia, não conseguiram entrar em contato com o módulos de pouso.
Os pesquisadores então, concluíram que as baterias movidas a energia solar da espaçonave ficaram sem energia, um estado que os engenheiros chamam de "ônibus morto". A agência continuará a ouvir um sinal do módulo de pouso apenas por precaução, mas obter contato neste momento é considerado improvável. A última vez que o InSight se comunicou com a Terra foi em 15 de dezembro.
A InSight começou a estudar o interior profundo do planeta vermelho. Os dados da sonda forneceram detalhes sobre as camadas interiores de Marte, sobre o clima e informações sobre a atividade sísmica no planeta.
O sismômetro altamente sensível, juntamente com o monitoramento diário, detectou aproximadamente 1319 atividades sísmicas, incluindo terremotos causados por impactos de meteoroides. Um deles, ocorrido há um ano, foi tão intenso que arremessou blocos de gelo na superfície marciana.
Os cientistas conseguiram confirmar que seu núcleo é líquido e determinar a espessura da crosta marciana, que é menos densa do que se pensava anteriormente. A missão já havia sido estendida devido a uma ousada limpeza dos painéis solares: o braço do robô afundou no solo e arremessou suavemente terra marciana sobre si próprio em dias de vento.
Astromóvel da NASA deposita primeira amostra na superfície de Marte
No último dia 21 de dezembro, o astromóvel Perseverance depositou um tubo de titânio contendo uma amostra de rocha na superfície do planeta vermelho. Nos próximos dois meses, será depositado um total de 10 tubos no local, construindo o primeiro deposito de amostras da humanidade em outro planeta.
Atualmente tem-se outras 17 amostras (incluindo uma amostra atmosférica) coletadas até agora em seu interior. Com base na arquitetura da campanha Mars Sample Return, o veículo entregaria amostras para um futuro módulo de pouso robótico.
A sonda, por sua vez, usaria um braço robótico para colocar as amostras em uma cápsula de contenção a bordo de um pequeno foguete que decolaria para a órbita de Marte, onde outra espaçonave capturaria o recipiente de amostra e o devolveria em segurança à Terra.
Além disso, a missão caracterizará a geologia e o clima passado, abrirá caminho para a exploração humana do Planeta Vermelho e será a primeira missão a coletar e armazenar rocha e resquícios de poeira marciana.
As missões subsequentes da NASA, em cooperação com a ESA (Agência Espacial Europeia), enviariam espaçonaves a Marte para coletar essas amostras seladas da superfície e devolvê-las à Terra para análises aprofundadas.
A missão Mars 2020 Perseverance faz parte da abordagem de exploração Lua a Marte da NASA, que inclui missões Artemis à Lua que ajudarão a se preparar para a exploração humana do Planeta Vermelho.