NASA estuda furacões que estão cada vez mais devastadores!

No dia 1º de junho iniciou a temporada de furacões no Atlântico Norte e, segundo especialistas, será uma temporada muito ativa. É por isto que a NASA está desenvolvendo novas tecnologias para estudar a formação e o impacto destes fenômenos.

Daños huracanes
Mais de 4.000 desabrigados e 400 mortos, com perdas econômicas de até 33.500 milhões de euros devido a furacões nas costas americanas na temporada de 2020.

Após as desastrosas perdas humanas e econômicas sofridas na última temporada nos Estados Unidos, América Central e no Caribe, em decorrência do aumento do número e da intensidade dos furacões, a NASA deu um passo à frente para encarar esta temporada com novas medidas de prevenção.

Apesar de as áreas mais sensíveis a estes fenômenos estarem distante de nós, no ano passado o clima extremo foi sentido em todo o mundo. Na Europa, dois ciclones extratropicais custaram 4,8 bilhões de euros, e com 30 mortes.

O novo observatório da NASA

A nova administração americana lançou o Observatório do Sistema Terrestre da NASA, com o objetivo de estudar as mudanças climáticas, a mitigação de desastres naturais, o combate contra os incêndios e as melhoras dos processos agrícolas.

Sua principal tarefa será projetar uma série de satélites, complementares aos já existentes, para criar uma visão 3D da atmosfera terrestre. Essas imagens tridimensionais permitirão observar a estrutura interna do furacão em tempo real: monitorar seu desenvolvimento e evolução, assim como medir a quantidade total de chuva que irá precipitar. Se isto for alcançado, os cientistas compreenderão melhor as mudanças nas tempestades e gerarão melhores previsões.

Novas pesquisas que relacionam as mudanças climáticas e os furacões

É provável que o aumento das temperaturas globais esteja causando uma mudança no comportamento das tempestades. Cada vez mais, existe um número maior de ciclones que se intensificam mais rapidamente, um claro exemplo disso é o que sofremos na temporada passada, onde nove tempestades se intensificaram rapidamente. Este processo ocorre quando a velocidade dos ventos aumenta 56 km/h ou mais em apenas 24 horas. Estas mudanças tão bruscas podem significar que as cidades em sua trajetória não tenham tempo para se preparar adequadamente.

É por isto que os pesquisadores do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA desenvolveram um modelo mecânico de aprendizado que pode detectar com mais precisão as tempestades que se intensificam rapidamente.

Huracan
Furacão Florence de categoria 4. Lembremos que os furacões possuem 5 categorias na escala de Saffir-Simpson: um número maior na escala implica em um aumento de sua capacidade destrutiva.

Além da rapidez com que os furacões estão ganhando força, os cientistas da NASA estão estudando como as mudanças climáticas estão fazendo com que as tempestades se movam mais lentamente, tornando-as mais destrutivas. Estas tempestades “a passos de tartaruga” podem atingir velocidades de alguns quilômetros por hora, despejando chuvas e ventos destrutivos em uma mesma área por um longo período de tempo.

Trabalhando junto com seus parceiros, a NASA está pronta para ajudar as comunidades a resistir a mais um ano de tempestades. Esperamos que as novas medidas ajudem a mitigar os danos futuros causados por estes fenômenos, que são, sem dúvida, os mais violentos de nossa natureza.