James Webb: reveladas imagens nunca antes vistas do Universo Profundo
Imagens coloridas e dados espectroscópicos de galáxias, nebulosas e planetas a milhões de anos-luz da Terra foram divulgadas hoje (12) pela NASA. Sem dúvida, um marco na história da exploração espacial. Saiba mais sobre este evento e o alcance do observatório espacial!
Nesta terça-feira (12), às 09:30 hora Brasil, iniciou a transmissão ao vivo no site da NASA e em suas redes sociais das imagens coloridas nunca antes vistas de objetos cósmicos distantes.
As belas e surpreendentes imagens capturadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) fornecem informações valiosas sobre galáxias distantes e exoplanetas orbitando outras estrelas, o que aprofundará nossa compreensão do Universo e sua origem.
As revelações do JWST constituem uma viagem no tempo ao Big Bang a 13,8 bilhões de anos atrás, para ver “de perto” o que ocorreu. Com seus poderosos instrumentos para capturar comprimentos de onda infravermelhos com uma resolução sem precedentes, a luz das primeiras estrelas, de um universo em constante expansão, foi vista.
A Nebulosa Carina, a 7,6 bilhões de anos-luz (AL) da constelação de mesmo nome em nossa galáxia; o espectro de transmissão do WASP-96 b, um exoplaneta gigante a 1.150 AL da Terra; a Nebulosa do Anel Sul, uma nuvem de gás em expansão com quase meio ano-luz de diâmetro; o Quinteto de Stephan, um grupo compacto de galáxias a 290 milhões de AL e o SMACS 0723, um aglomerado de galáxias massivo que distorce a luz, foram os temas das primeiras imagens divulgadas ao público geral.
A apresentação destas imagens marca o início das operações do JWST, que a partir de agora terá um papel muito importante na compreensão dos fenômenos astrofísicos ligados à origem das galáxias, estrelas e sistemas planetários.
Primeira imagem revelada!
Ontem, segunda-feira (11), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentou a primeira das imagens obtidas pelo JWST em um evento na Casa Branca, em Washington. Estamos na presença da imagem infravermelha mais profunda e nítida da história.
Conhecida como o primeiro campo profundo de Webb, esta imagem conseguiu capturar o aglomerado de galáxias SMACS 0723 em grande detalhe, incluindo objetos mais fracos que nunca haviam sido registrados no infravermelho. "Esta porção do vasto universo cobre um pedaço de céu do tamanho de um grão de areia mantido à distância de um braço por alguém no chão", comenta a NASA.
A NIRCam do Webb conseguiu colocar esse conjunto em foco. A NASA acrescenta que “a massa combinada deste aglomerado de galáxias atua como una lente gravitacional, ampliando galáxias muito mais distantes atrás dele”. Assim começa a missão Webb, que ampliará nossa percepção do Universo no infravermelho.
O Webb em dados
O Telescópio Espacial James Webb, que começou a ser desenvolvido em 1996, foi lançado em 25 de dezembro de 2021 a bordo do foguete Arianne 5 ECA, e é resultado da colaboração entre a NASA, a ESA (Agência Espacial Europeia) e a CSA (Agência Espacial Canadense). É o maior observatório espacial infravermelho, com um diâmetro de 6,5 m (o do seu espelho primário) e um peso de 705 kg. Está orbitando em um ponto a 1,5 milhões de quilômetros da Terra e deverá estar operacional entre 5 e 10 anos, entre os quais não será possível qualquer intervenção técnica.
Está equipado com quatro instrumentos de alta precisão: Near Infrared Camera (NIRCam); Near Infrared Spectrograph (NIRSpec) ; Mid Infrared Instrument (MIRI) e Fine Guidance Sensors/Near Infrared Imager and Slitless Spectrograph (FGS/NIRISS).
Se você é daqueles que tem interesse em saber mais sobre o Universo, não deixe de acompanhar as revelações do Webb: muitas surpresas ainda nos aguardam.