Novo recorde quebrado: gelo marinho atinge recorde mínimo na Antártica
O degelo marinho tem sido alvo de pesquisa e preocupação há tempos, e agora um novo recorde foi batido com um mínimo de gelo na Antártica. Entenda as causas e consequências.
Causas e consequências da diminuição do gelo marinho na Antártica são alvos de pesquisas, debates e preocupações há muito tempo, mas apesar dos estudos e das tomadas de decisão, o que está acontecendo? Por que novos recordes de degelo marinho estão sendo batidos na Antártica? É o que você saberá agora.
Segundo estudos recentes, é o segundo ano consecutivo que a Antártica atinge recordes mínimos de gelo marinho. A extensão de gelo tem ficado abaixo de 2 milhões de quilômetros quadrados, o que é considerado totalmente fora do normal.
Especialistas relatam que efeitos de ventos fortes e quentes podem ser responsáveis por acelerar esse degelo marinho na Antártica, em que o novo valor mínimo de gelo teria sofrido consequências das altas temperaturas registradas a oeste e a leste da Península Antártica com uma média de 1,5°C acima do normal.
Extensão de gelo em declínio
Segundo informações do Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC), o novo recorde mínimo de extensão de gelo marinho na Antártica ultrapassou o valor registrado no ano passado que havia sido de 1,92 milhão de quilômetros quadrados em 25 de fevereiro de 2022. Praticamente um ano depois, essa área diminui mais, estabelecendo o novo recorde mínimo.
Além dos ventos fortes e quentes que foram responsáveis pelo degelo, outro fator importante também deve ser considerado, que seria a variação na pressão atmosférica ao redor da Antártica, que por sinal acaba por influenciar os ventos de oeste no entorno do continente gelado.
Mas o que essa variação de pressão causa de fato? Cientistas afirmam que essa variação se encontra em uma fase positiva considerada forte e que isso acarreta ventos ainda mais intensos do oeste em direção ao polo. Em outras palavras, o resultado é desencadear um aumento de tempestades, que no caso ajudam a quebrar os blocos de gelo e empurrá-los para o norte, áreas que são mais quentes e com maior facilidade de derretimento.
Degelo marinho
Desde o final dos anos 1970, cientistas acompanham e estudam as causas e consequências do degelo marinho na Antártica. Satélites são utilizados para realizar as medições, que inclusive estão indicando que existe agora menos gelo marinho ao redor da Antártica comparado a qualquer outro momento da história com base de dados.
Aliás, o NSIDC ressalta que apesar de ser considerado normal o declínio nesta época do ano, pois o Hemisfério Sul se encontra no período de verão, o que tem sido observado até o momento é considerado anômalo, e por isso o novo recorde mínimo em 2023, inclusive, cientistas consideraram que no finalzinho do mês de dezembro de 2022, a extensão total do gelo marinho na Antártica alcançou um nível tão baixo, que foi considerado o menor já registrado por satélites nos últimos 45 anos.
Entretanto, sendo até considerado um alívio, ainda que momentâneo, durante o inverno a água do mar voltará a congelar e com isso, a Antártica tende a recuperar cerca de 18 milhões de quilômetros quadrados em sua extensão.