O furacão Eta continua: agora ameaça Cuba e os Estados Unidos

O panorama deixado pela Eta na América Central é verdadeiramente desolador, famílias destruídas pela perda de seus entes queridos, graves danos às estruturas, quem pouco tinha acabava perdendo tudo, essas são apenas algumas das consequências que podemos listar.

O Eta acabou dando o empurrão final em direção à fatalidade sanitária, social e econômica a um grupo de países afetados pela pandemia, que agora após o golpe desse sistema tropical continuam contando os deslocados e mortos, enquanto as buscas por desaparecidos e resgates continuam. de corpos sob os deslizamentos de terra.

Esse sistema tropical "não desiste", depois do caos que deixou no continente acaba de retornar às águas quentes do norte do Mar do Caribe. Sua estrutura será organizada de forma que se preveja sua intensificação para tempestade tropical, com impacto direto em Cuba neste fim de semana, onde o alerta já está em vigor. Como se não bastasse, a previsão do National Hurricane Center (NHC) prevê que, após cruzar a ilha cubana, o Eta chegará ao sul da Flórida, nos Estados Unidos, com fortes ventos, ondas e chuvas.

Os países mais atingidos

O sistema tropical Eta passou de um furacão (categoria quase 5) a uma depressão tropical, provocando chuvas torrenciais, inundações repentinas, perdas de safras, deslizamentos de terra mortais e extensos danos à infraestrutura com casas e pontes demolidas em países da América Central.

Enquanto as autoridades sanitárias continuam a procurar as pessoas desaparecidas por este sistema brutal, o número de mortos é inteiramente preliminar (números não oficiais falam de centenas de mortes), e o número pode aumentar dramaticamente nos próximos dias. No momento, fala-se em 250 mortos e dezenas de desaparecidos, como números não oficiais.

Nas redes sociais e portais de notícias, o material audiovisual é constantemente atualizado e mostra um cenário aterrorizante, praticamente pós-guerra. É chocante descobrir que o prognóstico do Eta era infelizmente tão preciso, e é assim que eles vivem agora em diferentes áreas da: Nicarágua, Honduras, Guatemala, Panamá, Belize, Costa Rica, El Salvador, partes da Colômbia e sul do México.

Honduras recebeu um golpe muito violento devido ao lento deslocamento do Eta pelo território, famílias inteiras tiveram que escalar os telhados de suas casas (ou o que sobrou delas), para esperar mais de 30 horas para serem resgatadas. As ruas viraram rios, enquanto a altura da água nas casas ultrapassava os dois metros.

Mesmo as chuvas intensas geraram uma inundação significativa no aeroporto Ramón Villeda Morales, San Pedro Sula, em Honduras, que teve que suspender todas as suas atividades.

A central hidroeléctrica "El Cajón" neste mesmo país, está prestes a atingir o seu limite, registrando um nível de água de 283,35 metros acima do nível do mar, quando o seu nível máximo é 285.

Eta recupera força

Enquanto a ameaça de inundações com risco de vida continua nas regiões da América Central, o NHC alerta para novas chuvas, ocasionalmente muito intensas, mesmo para o leste da Nicarágua e Honduras (podem chegar a 1000 mm) e quase 400 mm para o sudeste do México e Jamaica, junto com deslizamentos de terra em áreas mais altas.

O Eta voltou nesta sexta-feira à superfície do mar quente, embora desorganizado e degradado a uma depressão tropical. Porém, em seu avanço para o nordeste começou a se intensificar novamente durante a noite de sexta-feira, e assim recuperarando a categoria de tempestade tropical ao longo do sábado.

O que está para acontecer

A previsão do trajeto do NHC Eta indica que o centro da tempestade cruzou o noroeste do Mar do Caribe na noite de sábado, aproximando-se primeiro das Ilhas Cayman e depois da ilha de Cuba.

Um movimento para o nordeste a uma velocidade de solo mais rápida na manhã deste domingo, depois uma curva para o norte e noroeste à tarde. O sistema deve se fortalecer ainda mais hoje (08), próximo ao sul da Flórida.

Alerta se aplica a Florida Keys (de Ocean Reef ao sul até Dry Tortugas, incluindo Florida Bay); também para o noroeste das Bahamas (Abacos, Ilha Andros, Ilhas Berry, Bimini, Eleuthera, Ilha Grand Bahama e New Providence).

Nas Ilhas Cayman e em partes de Cuba, são esperadas chuvas de até 650 mm, enquanto nas Bahamas e no sul da Flórida quase 400 mm. Além disso, ondas de tempestade são esperadas de Marco Island a North Miami Beach, Flórida, que pode atingir até um metro de altura.