Oceano Atlântico: tempestades Fiona, Ian e Gaston causam ventos intensos

Após um inicio muito silencioso, a temporada de furacões esquentou e ganhou forças nas últimas semanas. Sistemas Fiona, Gaston e Nine, oferecem risco a população com intensas rajadas de vento.

Temporada de furacões de 2022
Oceano Atlântico acordou e novas tempestades se formaram, depois de um início de temporada estranhamente silenciosa.

A temporada de furacões deste ano começou estranhamente silenciosa. Agosto foi um mês tranquilo para tempestades tropicais, e o furacão Danielle foi o primeiro furacão da temporada. Mas agora o Oceano Atlântico acordou e a temporada de furacões de 2022 ganhou impulso.

E nesta sexta-feira, o furacão atingiu as Bermudas com fortes chuvas e ventos na sexta-feira (23), deixando milhares de pessoas sem energia elétrica.

No início desta semana, Fiona danificou casas e derrubou a infraestrutura crítica de energia e água para milhões de pessoas em Porto Rico e República Dominicana. Dias depois que Porto Rico sofreu um apagão em toda a ilha quando Fiona chegou ao continente no domingo.

A forte tempestade Fiona atingiu o leste do Canadá neste sábado com ventos com força de furacão, quase uma semana depois de devastar partes do Caribe. O Centro Nacional de Furacões dos EUA disse que o centro da tempestade, agora chamado de Ciclone Pós-Tropical Fiona, estava atravessando o leste da Nova Escócia, trazendo ventos fortes e chuvas fortes.

Tem o potencial de ser muito perigoso. Prevê-se que os impactos sejam sentidos em toda a província de Nova Escócia, e todos devem permanecer em alerta, afirma John Lohr, ministro responsável pelo Escritório de Gerenciamento de Emergências da região.

O Centro Canadense de Furacões emitiu um alerta de furacão sobre extensões costeiras da Nova Escócia, Ilha do Príncipe Eduardo e Terra Nova. As autoridades dessa região, estão pedindo a população que estejam em alerta máximo e se preparem para o impacto do furacão, que já matou pelo menos cinco pessoas por onde passou.

Furacões no Canadá são um tanto raros, em parte porque uma vez que as tempestades atingem águas mais frias, elas perdem sua principal fonte de energia e tornam-se ciclones extratropicais. Mas esses ciclones ainda podem ter ventos com força de furacão.

Gaston

Além da Fiona, a tempestade Gaston está atualmente levantando ondas nas partes norte do Atlântico central. O centro da tempestade deverá atravessar o arquipélago entre as ilhas dos grupos ocidental e central, provocando um aumento da intensidade dos ventos. As autoridades das ilhas nesta região, colocaram o Aviso Vermelho em vigor.

A rota dos furacões é induzida principalmente por um clima mais quente, porém essa trajetória começa a demonstrar sinais de alterações, dado que são cada vez mais frequentes as incursões de sistemas tropicais, em latitudes “inabitadas” por estes ciclones.

Gaston é considerado um sistema tropical anômalo porque a sua formação deu-se mais a leste do que o normal na bacia do Atlântico.

Ian

Outra atividade observada no Oceano Atlântico, é o ciclone tropical denominado de Nine, localizado no Mar do Caribe e que se tornou uma tempestade tropical chamada de Ian. Espera-se que a tempestade provoque chuvas fortes e ocorrências de inundações nas regiões de Aruba, Bonaire e Curaçao nos próximos dias.

Deve se aproximar da Jamaica como uma tempestade tropical no domingo e das Ilhas Cayman como um furacão na segunda-feira, e pode se tornar uma grande ameaça de furacão para a Flórida e o leste do Golfo do México.

No início da próxima semana, prevê-se que o sistema se mova perto ou sobre o oeste de Cuba como um furacão em fortalecimento e, em seguida, se aproxime da península da Flórida com a força de um grande furacão, com potencial para impactos significativos de tempestades, ventos com força de furacão e fortes chuva.

O menor cisalhamento do vento, ampla oferta de águas quentes e profundas no Mar do Caribe são fatores que devem contribuir para o fortalecimento do sistema nos próximos dias.

Por enquanto, todas as regiões próximas e ao longo da Costa do Golfo, incluindo a Flórida, e no leste dos Estados Unidos devem monitorar a previsão e garantir que os planos de furacões estejam em vigor, caso sejam necessários.

Esta temporada de furacões iniciou lentamente, mas após o pico da temporada, parece que o Oceano Atlântico esquentou. Não teve tempestades tropicais nomeadas se formando acima das águas do oceano durante todo o mês de agosto pela primeira vez em 25 anos. Mas a atividade aumentou no início de setembro. Para mais informações a respeito da atividade do Atlântico, acesse tempo.com.