O país que pode ser engolido pelo mar está tentando migrar no metaverso!
Conheça o país que pode desaparecer nas próximas décadas devido ao aumento do nível do mar! Mesmo fora do mapa, este país quer preservar a sua condição de Estado migrando para o mundo digital. Confira como isso será possível!
O aumento acelerado da poluição que aquece o planeta já resultou em secas, inundações mortais e rápido derretimento de gelo em todo o planeta. E os pesquisadores afirmam que a subida constante do nível global do mar continuará durante muitas décadas, à medida que as temperaturas aumentam.
Diante disso, um país do Pacífico poderá em breve ser engolido devido ao aumento do nível do mar, e será considerado um dos primeiros países do mundo a desaparecer por causa das mudanças climáticas.
Tuvalu: o primeiro país que pode desaparecer do mapa!
Tuvalu é uma nação insular localizada no Pacífico, ou seja, é um país independente composto de uma ilha ou um grupo de ilhas, que pode desaparecer do mapa em decorrência do avanço no nível do mar. O país possui cerca de 11 mil habitantes e é formado por 9 ilhas, totalizando 560 km de extensão.
Para as pessoas que vivem em Tuvalu, a crise climática já não é hipotética! Em 2020, o ciclone Tino se formou nas águas da ilha e danificou infraestruturas vitais, incluindo instalações de energia, comunicações e contenção de água. Cerca de metade da população do país foi gravemente afetada pelo ciclone e o governo declarou estado de emergência no país!
Outro ponto é a escassez de água potável, já que as secas se tornarão mais frequentes e em Tuvalu, os habitantes dependem da água da chuva para sobreviver. Tudo depende da água, tanto os seres humanos, como os animais, plantas e árvores. Em algumas partes da ilha, o avanço da água salgada inutilizou terras agrícolas e está afetando poços de onde as pessoas tiravam água para beber.
Caso seja engolido pelo mar, Tuvalu vai desaparecer do mapa! Mas será que um país pode existir depois de ter sido apagado do mapa? Para os líderes da nação de Tuvalu, a resposta é sim! Mas como isso será possível?
À frente do tempo e à frente das soluções
A solução encontrada pelo país para preservar a sua condição de Estado, é migrar para o mundo digital, ou seja, o governo está criando Tuvalu no metaverso, reproduzindo digitalmente o que existe no país. Isto permitiria que a nação continuasse como um estado soberano existente através de uma existência virtual, independente de ter ou não um território físico.
A condição de Estado digital de Tuvalu foi reconhecida por 26 países desde o anúncio da iniciativa na COP27, mas o Estado quer duplicar esse valor até 2024. O Ministro da Justiça, Comunicação e Relações Exteriores de Tuvalu, Simon Kofe, diz que a medida irá salvar o que é importante para o povo.
Esta transferência do mundo físico para o espaço digital já está em andamento desde o ano passado, quando Tuvalu completou varreduras tridimensionais das 124 ilhas e ilhotas que compõem o país. Além de iniciarem o processo de digitalização de artefatos culturais, como os sons da linguagem infantil, danças, festivais e histórias de idosos.
O governo também atualizou a sua infraestrutura de comunicações para poder migrar Tuvalu para a nuvem e transferir assuntos de estado como eleições, referendos e registros de nascimento online.
O apoio de países vizinhos
Além disso, o governo tem feito apelos para que as grandes nações reduzam a emissão de poluentes, para frear o aquecimento global, juntamente com o apoio de moradores e entidades que participam de campanhas em prol da consciência do meio ambiente.
Tuvalu quer que seus vizinhos maiores percebam que, a janela para evitar os piores impactos da crise climática está se fechando, e o planeta já chegando num ponto de não retorno. E com as negociações climáticas COP28 da Nações Unidas a todo vapor, o país está buscando conscientizar a respeito de como as mudanças climáticas estão afetando o dia a dia das pessoas.
Há dois anos atrás, na COP26, Kofe se dirigiu aos líderes mundias de seu país natal enquanto estava com água até os joelhos, justamente para destacar a questão do aumento do nível do mar. Mas segundo Kofe, a magnitude das alterações climáticas parece ser difícil de compreender para várias nações de grande porte, que continuam a resistir aos apelos para substituir os combustíveis fósseis por combustíveis sustentáveis.