O que é o Dia Meteorológico Mundial e qual a sua importância?
O Dia Meteorológico Mundial é celebrado anualmente no 23 de Março, com objetivo de ressaltar a relevância dos serviços meteorológicos e hidrológicos na segurança global.

O Dia Meteorológico Mundial é celebrado anualmente em 23 de Março, e marca a fundação da Organização Meteorológica Mundial (OMM) em 1950. Criada em 1951, a data tem como objetivo destacar a importância dos serviços meteorológicos e hidrológicos na segurança e bem-estar da sociedade, promovendo a conscientização sobre questões relacionadas ao clima, tempo e recursos hídricos.
Desde 1961 a OMM propõe um tema anual para ser debatido internacionalmente. A seguir, vamos entender sobre a importância de propor esses debates e conhecer o tema proposto para 2025!
Temas para debate científico internacional fortalecem o acesso à informação
A cada ano, a OMM define um tema específico para abordar desafios e avanços na meteorologia. O objetivo desses temas anuais é estimular o debate científico internacional e incentivar os pesquisadores a compartilhar seus conhecimentos com a sociedade, promovendo uma maior compreensão pública sobre questões climáticas e meteorológicas.

Nos últimos anos, a crise climática tem se agravado, intensificando eventos extremos como ondas de calor, tempestades severas e longos períodos de estiagem. Neste contexto, a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, enfatiza a necessidade de ações coordenadas:
Este tipo de ação fortalece a cooperação internacional e amplia o acesso ao conhecimento meteorológico, contribuindo para ações mais eficazes diante dos desafios climáticos globais.
Dia Meteorológico Mundial 2025: Juntos, reduzamos a lacuna nos sistemas de alerta precoce
Embora o primeiro tema proposto, em 1961, tenha sido o genérico “Meteorologia - temas gerais”, a fim de introduzir o assunto em sociedade, desde então eles têm se tornado mais específicos. Recentemente, os temas vêm abordando o desafio das mudanças climáticas frente a um mundo globalmente aquecido:
- 2022: Alerta precoce e ação precoce
- 2023: O futuro do clima, do tempo e da água ao longo das gerações
- 2024: Na linha de frente da ação climática
Em 2025, o tema escolhido é "Juntos, reduzamos a lacuna nos sistemas de alerta precoce". Esse enfoque ressalta a necessidade de aprimorar os sistemas de alerta para desastres naturais, garantindo que comunidades vulneráveis recebam avisos claros e eficazes diante de eventos climáticos extremos.

Embora os avanços tecnológicos tenham melhorado significativamente a previsão de eventos climáticos extremos, a falta de conexão com políticas públicas faz com que muitas regiões ainda não tenham sistemas eficazes de alerta. Essa deficiência expõe populações a riscos elevados, especialmente em áreas propensas a desastres naturais, como inundações, secas e tempestades severas.
A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, destacou em entrevista recente a importância de conectar os dados climáticos às necessidades da população:
Esse alerta reforça a urgência de medidas eficazes para reduzir os impactos das mudanças climáticas e garantir um futuro mais resiliente para todos.
O que são sistemas de alertas precoces?
Os sistemas de alerta precoce são mecanismos que utilizam observação meteorológica, modelos climáticos e redes de comunicação para prever eventos extremos e alertar as populações em risco. Esses sistemas permitem uma resposta mais ágil a ameaças climáticas iminentes.
Recentemente abordamos a importância destes sistemas na Meteored, e você pode ler mais sobre o assunto clicando na notícia acima. Um sistema de alerta eficaz deve garantir que a informação chegue às pessoas certas, no momento certo e de forma compreensível.
Governos devem liderar os esforços: agora é o momento de agir
Os sistemas de alerta precoce têm avançado globalmente, salvando vidas e fortalecendo a resiliência das comunidades. Em 2024, 108 países já possuíam alguma capacidade para alertas multiameaça, mais que o dobro de 2015, de acordo com a OMM. O progresso é ainda mais expressivo entre os países menos desenvolvidos, que superaram a taxa média global.

Apesar do aumento de 39% na abrangência desses sistemas, lacunas críticas permanecem. Os governos devem liderar esse processo, garantindo alertas confiáveis, enquanto o setor privado deve contribuir com inovação e ampliação do acesso às informações. Juntos, podemos fechar essa lacuna e construir um mundo mais seguro e resiliente.