Onde tem mais descargas elétricas no Brasil? Estudo revela quais são os estados com maior incidência de raios
Dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) faz levantamento do quantitativo de descargas elétricas nos estado brasileiros. Anualmente, entre 2018 e 2022, houve 118 milhões de eventos deste tipo no país.
Nos últimos 4 anos, entre 2018 e 2022, o Brasil registrou anualmente uma média de 118 milhões de descargas atmosféricas. Anualmente ocorrem cerca de 110 mortes e mais de 200 feridos no Brasil, com prejuízos econômicos em torno de 1 bilhão de reais, segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (ELAT/INPE).
O estudo denominado como “Proteção Contra Raios: Redução de riscos para aumento da segurança” buscou reunir um conjunto de informações que incluem o perfil de vítimas, circunstâncias mais comuns das ocorrências e recomendações para prevenção.
Estudo mostra o ranking dos estados com maior ocorrência de descargas elétricas
O Brasil, devido a sua ampla extensão territorial e características climáticas e meteorológicas, apresenta uma grande incidência de descargas atmosféricas. Há pouco mais de um mês, um adolescente de 16 anos morreu no município Aragominas, no estado do Tocantins, após ser atingido por um raio enquanto trabalhava descalço na produção de farinha de mandioca.
Confira o ranking dos estados com maior ocorrência de descargas atmosféricas:
- Amazonas;
- Pará;
- Mato Grosso;
- Minas Gerais;
- Mato Grosso do Sul;
- Rio Grande do Sul;
- São Paulo;
- Paraná;
- Goiás;
- Tocantins;
Um elevado número de ocorrência de descargas elétricas tende a favorecer o aumento da ocorrência de fatalidades geradas por este fenômeno. Pouco antes de um raio cair, é criado um campo elétrico muito intenso na área, que faz a pele formigar e os cabelos ficarem arrepiados. Então fique atento, se você perceber uma dessas características, é muito provável que um raio possa cair em sua proximidade.
82% das vítimas fatais são do gênero masculino
O estudo do ELAT/INPE classificou as circunstâncias das fatalidades, bem como o perfil das vítimas fatais e em qual estação do ano tem maior ocorrência deste evento. A maior parte das vítimas são do gênero masculino com 82% contra 18% de casos do sexo feminino, sendo a faixa etária entre 20 e 29 anos a maior porcentagem de vítimas fatais.
Quando se trata do total de ocorrências por quilômetro quadrado, a liderança passa para o estado do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. Este ranking por área permite observar onde há maior concentração, o que faz aumentar a probabilidade de fatalidades.
Foi constatado que 26% dos episódios ocorreram durante atividades em área rural e 21% dentro de residências, em caso de uso de telefone e aparelhos conectados à tomada ou proximidade de portas e janelas.
A cartilha ainda reforça que, certas atividades podem representar um risco maior de ocorrência de raios, principalmente devido às condições específicas do ambiente, à exposição ao ar livre e à presença de equipamentos ou estruturas que podem atrair descargas atmosféricas. Atividades relacionadas com a mineração, setor elétrico, construção civil, pecuária e agricultura são algumas que podem oferecer risco em casos de descargas elétricas.
Referência da notícia:
SANTOS, A. P. P. S.; FERREIRA, D. B. S. Proteção contra raios: redução de riscos para aumento da segurança. Belém-Pará: Instituto Tecnológico Vale, 2024.