Outono nos EUA traz condições de inverno e verão ao mesmo tempo
Desde o fim de semana passado, os EUA está passando por duas condições extremas opostas. Enquanto metade do país se encontra em um inverno antecipado com o um tempestade severa, a outra metade quebra recordes de altas temperaturas.
Apesar do Outono oficialmente ter começado no Hemisfério Norte, os Estados Unidos vive, desde o fim de semana passado, extremos de inverno e verão ao mesmo tempo. Enquanto uma tempestade severa "histórica" dá ares de inverno ao Oeste do país, um verão tardio domina o Sudeste e Leste, trazendo recordes de temperatura.
O Sul dos Estados Unidos já viveu um verão atípico, com o mês de Setembro mais quente dos registros. Até esta quinta, as temperaturas vão permanecer a cima da média. O ar quente que atuou por semanas nos estados do Sul dos EUA se deslocou em direção nordeste durante a semana, trazendo temperaturas entre 26ºC e 33ºC para a região. Estas temperaturas estão de 5 a 10ºC acima da média para este período do ano.
Escolas no estado de Ohio e em Maryland tiveram aulas suspensas devido ao calor. Estão previstos recordes de temperaturas máximas em algumas cidades nos estados da Florida, Carolina do Norte, Atlanta, Alabama, Tenesse e Georgia. Birmingham, no Alabama, poderá atingir 36ºC, a maior temperatura registrada nesta época do ano desde 1904 (33,9ºC). A temperatura em Ohio atingiu 32ºC em algumas partes do estado, batendo recordes de 1946.
Enquanto isso, a situação oposta ocorre na metade do país. Uma tempestade histórica típica de inverno atingiu o oeste dos EUA, trazendo 120 cm de neve em Montana. A tempestade trouxe baixas temperaturas, interrupção no fornecimento de energia, quedas de árvores e linhas de transmissão no último fim de semana.
Ainda no início da semana, os estados próximos às Montanhas Rochosas, incluindo partes de Montana, California, Oregon, Washington e Utah tiveram ventos intensos e condições de tempo severo. Um anúncio de "emergência de tempestade de inverno" foi dado em pleno início de Outono.
Estes extremos tão atípicos são resultado de ondulações amplificadas na corrente de jato. Como os jatos de altos níveis tendem a enfraquecer com as mudanças climáticas, os padrões de ondulações ficarão mais frequentes e intensos e, consequentemente, extremos de calor e frio em latitudes médias poderão ocorrer com maior frequência e intensidade.