Racionamento de água é real: seca histórica e suas sequelas
Muito se fala em falta de chuva, em seca prolongada, em temperaturas elevadas, em queimadas, em mudanças climáticas. Apesar disso, o que é feito para evitar tal desordem no planeta? O racionamento de água se tornou uma realidade do povo brasileiro.
Com chuva irregular desde o ano passado, o abastecimento de água está cada vez mais comprometido em diversas partes do Brasil. Tem faltado precipitação, tem sobrado temperaturas elevadas, tem faltado água no solo e nos rios, tem sobrado queimadas.
O planeta apresenta desordem em vários setores, safras comprometidas, animais mortos, alimentos essenciais para sobrevivência da humanidade com preços absurdos, rios e nascentes cada vez mais pobres, mais poluídos, doentes, pedindo por socorro, pedindo por uma solução.
Com tamanha poluição e com um desmatamento acelerado, os padrões de precipitação e comportamento de temperaturas já não são mais os mesmos. Geleiras estão derretendo, o nível do mar aumentando, inundações já não são novidade. Por outro lado, fogo, incêndios descontrolados, animais em extinção, água por faltar. Eis o cenário atual.
Abastecimento comprometido
Com seca histórica no Brasil, o nível dos reservatórios está cada vez mais baixo, a vazão cada vez mais controlada na tentativa de evitar uma catástrofe maior. A falta de chuva regular e bem distribuída desde o ano passado em grande parte do Brasil tem chamado a atenção.
Com a estiagem prolongada, ao menos 53 municípios que fazem parte de cinco estados localizados no centro-sul do país enfrentam o racionamento de água. A seca tem comprometido não só o abastecimento em pequenas cidades, mas grandes centros como Curitiba também precisaram se adequar ao rodízio de água.
Os efeitos da seca histórica têm atingido as bacias dos rios Grande, Paraná, Paranapanema e Paraguai, responsáveis pelo abastecimento de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Além das mais de 50 cidades que já enfrentam o rodízio de abastecimento de água no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, outras também já estão na mira do desabastecimento. A capital mineira Belo Horizonte corre esse risco segundo o Comitê da Bacia Hidrográfica que viu o Rio das Velhas, responsável por abastecer 60% da região, entrar em alerta.
Previsão de chuva?
As simulações mais recentes dos modelos meteorológicos ainda não apostam em um cenário positivo de precipitações. O inverno, sendo uma estação seca, não acabou, ao que tudo indica, ainda vai faltar chuva nos próximos dias, nas próximas semanas em boa parte do Brasil.
A segunda quinzena de agosto deve ser marcada pela manutenção do tempo seco em áreas do Brasil Central. Sudeste e Centro-Oeste seguirão sem chuva significativa, com temperaturas elevadas, baixos índices de água no solo, baixos índices de umidade relativa do ar, além do aumento do número de queimadas.
No Sul há previsão de chuva, episódios um pouco mais frequentes daqui pra frente, mas longe de serem regulares e suficientes para reverter o déficit hídrico.