Retrospectiva 2020: eventos meteorológicos que marcaram o ano

2020 foi, certamente, um ano caótico para a história da humanidade. Além da crise econômica e humanitária global instalada pela pandemia do novo coronavírus, as forças da natureza se superaram e provocaram recordes sem precedentes.

retrospectiva 2020
Desde o início, o ano de 2020 já mostrava que seria marcante com relação aos fenômenos do tempo e do clima.

Além da presença de um novo vírus (Covid-19) que provocou uma pandemia global em 2020, os fenômenos meteorológicos quebraram todos os tipos de recordes. As previsões climáticas no final de 2019 já indicavam que 2020 seria marcado por extremos e sem dúvida tivemos inúmeros fenômenos marcantes em todo o mundo.

Janeiro

O ano mal havia começado e a tempestade Kurumí se organizou sobre o mar, na costa da Região Sudeste, ganhou força como já vinha sendo esperado e se transformou em uma tempestade subtropical. Ao mesmo tempo, um ciclone extratropical bomba, com estrutura tão organizada e dimensões tão monstruosas, que impressionou nas imagens de satélite no Atlântico Norte.

Fevereiro

No início de fevereiro as condições meteorológicas resultaram numa gigantesca infestação de gafanhotos no leste da África. Enquanto na Europa, a Inglaterra investia 7 bilhões de reais em meteorologia para desenvolver um supercomputador capaz de prever mais rapidamente e mais precisamente o tempo e o clima.

Março

Em março, uma onda de calor na Antártica causou rápido derretimento de neve e, enquanto a pandemia avançava pelo mundo, cientistas começam a relacionar a disseminação do Covid-19 com o clima. No Brasil, a Zona de Convergência do Atlântico Sul provocava transtornos no sudeste e centro-oeste e duas mortes foram confirmadas durante os temporais.

Abril

Barulhos misteriosos viralizaram na internet no mês de abril. Muitas pessoas no Brasil relataram ouvir barulhos estranhos do céu e logo sugiram especulações de um possível sinal do “fim do mundo”, felizmente, esses sons misteriosos são escutados periodicamente por diversas pessoas ao redor da Terra e até possuem um nome, “Skyquakes”. Enquanto os brasileiros estavam extasiados com os barulhos dos céus, enxames gigantes de gafanhotos se espalhavam no Golfo Arábico e na África destruindo colheitas e ameaçando países inteiros.

Na indonésia, o vulcão Krakatoa entrou em erupção e lançou nuvens de cinzas que alcançam 15 quilômetros em uma coluna vertical. Em meio a este caos em abril, o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para as empresas americanas explorarem os recursos minerais da lua.

Maio

Em maio, após ser atingida pelo ciclone tropical Amphan, foi a vez Índia receber a grande onda de gafanhotos que invadiram os estados do oeste e partes do centro do país e, ao se depararem com os campos já colhidos, os insetos se direcionaram as áreas urbanas.

Junho

Uma nuvem de gafanhotos se aproximou do Brasil e assustou os agricultores da região sul em Junho de 2020. No mesmo período, sobre o Rio Grande do Sul, foi confirmado um recorde inacreditável pela Organização Meteorológica Mundial: o relâmpago de 709 km de extensão. Na Sibéria, uma das regiões mais frias do planeta, registrou 38°C um calor recorde extremamente anormal para essa região do planeta.

Julho

Aparentemente, o mês de julho foi o mês dos insetos. Novas nuvens de gafanhotos foram identificadas no Paraguai e Argentina e novamente assustou os agricultores do sul do Brasil. Na Inglaterra, uma enorme nuvem de formigas voadoras foi captada pelo radar meteorológico do Met Office sobre Kent e Sussex e confundida com nuvens de chuva. No Ártico, invasão de aranhas-lobo em resposta as temperaturas mais altas.

Ainda em julho, o Pantanal e Amazônia sofreram com grandes incêndios florestais que dispararam, provocando a morte de muitos animais. Na índia, Nepal e Bangladesh, as fortes chuvas de monções causaram inundações devastadoras e fatais.

Agosto

As queimadas não ocorreram somente no Brasil em 2020. Um incêndio florestal sobre um terreno de difícil acesso se espalhou rapidamente por mais de 7 mil hectares ao norte de Los Angeles. Cerca de 8 mil pessoas tiveram que deixar suas casas para fugir das chamas.

Em meio a este caos, um novo recorde de temperatura máxima global foi registrado no Vale da Morte, Califórnia: a impressionante marca de 54.4°C! Essa é a maior temperatura registrada no mundo em mais de 100 anos.

Setembro

Em setembro, o período seco agravou a situação de queimadas no Pantanal e na Amazônia. No Hemisfério Norte o verão mais quente da história chegava ao fim. No Pacífico, o fenômeno La Niña foi confirmado.

Outubro

O mês de outubro começou com um fenômeno fascinante: uma lua cheia e vermelha viralizou e novas teorias apocalípticas surgiram. O evento foi causado por um fenômeno óptico devido a fumaça gerada nas queimadas no Pantanal e na Amazônia. Outubro também foi marcado por uma onda de calor no Brasil que provocou novos recordes de altas temperaturas em várias partes do país.

Fora do planeta Terra, a NASA confirmou que o telescópio SOFIA encontrou água na superfície iluminada da lua. Esta descoberta indica que a água pode ser distribuída pela superfície lunar e que não se limita apenas a locais frios e sombreados.

Novembro

Novembro de 2020 bateu recorde de temperatura a nível global. Os cientistas europeus afirmam que as temperaturas globais de novembro foram as mais altas de todos os meses de novembro registados até hoje, superando o recorde anterior, estabelecido em 2016 e 2019. Sobre o Atlântico Norte, a temporada de furacões oficialmente acabou de forma histórica com um total de 30 tempestades nomeadas!

Um fato que chamou a atenção foi a velocidade de intensificação de várias tempestades. 10 dos 13 furacões sofreram uma intensificação rápida, igualando ao recorde estabelecido em 1995.

Dezembro

Finalmente em dezembro, a China inaugurou o seu “sol artificial” para gerar energia com potencial para alcançar temperaturas dez vezes mais altas do que o sol com o objetivo de produzir energia a partir da fusão nuclear.

Nos Estados Unidos da América, uma tempestade Nor’Easter atingiu Nova Iorque e trouxe mais neve em um único dia do que a soma de toda a neve registrada nos últimos dois invernos. A neve também foi intensa no Japão, uma tempestade de neve muito intensa e extensa cobriu grande parte do país e muitos motoristas ficaram presos em uma rodovia tiveram que passar mais de 40 horas no meio da tempestade.