Segunda quinzena de junho com clima de inverno
Para as próximas semanas o frio continua sendo destaque para o Centro-Sul do país, proporcionando um clima de inverno. Chuvas também estão previstas, mas será que intensas? Confira aqui a discussão.
Junho até o momento vem sendo caracterizado por chuvas em boa parte do Centro-Sul, que proporcionaram eventos volumosos na Região Sul, resultando em precipitação acima da média. No Sudeste, a ocorrência de chuva também é destaque, mas como a média climatológica é baixa, qualquer evento de precipitação atinge facilmente o volume mensal, mas de qualquer forma, uma condição mais úmida foi observada.
Em relação às temperaturas, dias bastante frios também foram destaque com menos mínimas do ano sendo registradas durante a primeira metade do mês, com ocorrência frequente de geada, mas nada muito abrangente e fora do normal. De qualquer forma, isso é esperado nesta época do ano, e pela climatologia o frio ainda não está tão intenso, tanto as mínimas quanto as máximas estão acima da média em praticamente todo o país.
Assim, para a segunda metade será que o frio será mais intenso? As chuvas continuarão a ocorrer? Confira a seguir a tendência para a próxima quinzena.
Frio continua na segunda metade do mês
Nas próximas duas semanas a incursão das massas de ar frio continua e, segundo os mapas de anomalia do modelo ECMWF, há a probabilidade de eventos mais intensos e persistentes em relação à primeira metade do mês.
Nos próximos dias o evento de frio passa a ser mais intenso na Região Sul e no estado do Mato Grosso do Sul, ou seja, se tratando de um massa de ar polar mais continental.
Já nos últimos 7 dias, as temperaturas ficam mais amenas, mas se pode observar anomalias mais negativas na faixa leste do Sudeste, mais precisamente do leste de São Paulo, no sul de Minas Gerais e no Rio de Janeiro, passando a ideia de que a massa de ar polar atuará mais para o oceano, transportando o ar mais frio para essa região.
Chuvas ainda ocorrem no centro-sul e leste do país
Se há incursão de massas de ar frio, há antes disso frente frias que podem provocar chuva. A grande questão é se vão atuar mais costeiras ou vão avançar também pelo continente.
Nos próximos dias, uma frente fria avança de forma mais costeira e proporciona aumento da umidade e, em combinação com a circulação de sudeste, chuvas na faixa leste, que vai do norte de Santa Catarina até o Rio de Janeiro. A circulação em direção à costa também contribui para as chuvas no leste do Nordeste.
Já no Centro-Norte, chove de forma mais expressivas somente no extremo norte, sendo nas regiões mais da porção central, com previsão apenas de aumento da nebulosidade, o que está representado pelas fracas anomalias positivas.
Para o período final, se esperam chuvas mais volumosas entre o norte do Rio Grande do Sul e os estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. Essa concentração de umidade no Centro-Sul do país, traz uma condição mais seca para o Centro-Norte, com aumento da irregularidade da precipitação no extremo norte.