Tempestade de poeira deixa mortos e feridos no interior de São Paulo

Diferentes áreas do estado de São Paulo vêm sendo atingidas por tempestades de poeira nesses últimos dias. É a segunda vez em um pequeno intervalo de tempo que estragos são provocados pelos ventos fortes que levantam a poeira. Entretanto, além dos estragos, as tempestades têm deixado feridos e mortos por onde passa.

Na última semana houve o relato da primeira tempestade, com rajadas de vento que atingiram a casa de 92,7 km/h, provocando estragos em Franca e Ribeirão Preto, no interior paulista.

Especialistas relatam que o interior de São Paulo sofre com a seca há meses, e com a passagem da nuvem de poeira seguida por um forte temporal, deixou o céu escuro - "o dia virou noite".

Estragos e vítimas

Ao menos 12 cidades registraram falta de luz, queda dos sinais de telefonia e internet após as tempestades de poeira que atingiram o interior do estado de São Paulo.

Casas e escolas foram interditadas, algumas construções civis correm o risco de desabamento em Presidente Prudente, aulas foram suspensas e moradores foram encaminhados para abrigos. A Defesa Civil chegou a registrar ventos de 103 km/h. Durante a tempestade, os ventos fortes tombaram uma carreta na Rodovia Raposo Tavares (SP-270).

O fenômeno aconteceu novamente nesta última sexta-feira, que abria o mês de outubro. A tempestade de poeira provocou diversos prejuízos, reduziu a visibilidade horizontal por muitos quilômetros.

A primeira vítima fatal da tempestade de poeira foi identifica em Tupã, Fábio Alex Marques Castro de 42 anos, morreu após ser encoberto pelos escombros de um muro de uma obra que desabou no bairro Reserva Tupã. Ele chegou a ser socorrido e levado em estado grave para o hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.

Nuvem de fogo deixa mortos

Outras três vítimas fatais foram identificadas em Santo Antônio do Aracanguá, perto da cidade de Araçatuba. As três pessoas não sobreviveram após serem envolvidas por uma nuvem que levantou fuligem, fumaça e fogo.

O fogo atingia um pasto de uma fazenda e estava quase totalmente controlado quando o temporal começou. Os ventos deram força às chamas que foram envolvidas pela nuvem.

A tragédia aconteceu quando funcionários de uma usina e de uma fazenda trabalhavam no pasto utilizando tratores e caminhões-pipa no combate ao fogo. As fortes rajadas de vento pegaram os trabalhadores de surpresa, especialmente por levantar uma nuvem de poeira, fumaça e fogo.

Além das vítimas fatais que não conseguiram se abrigar e foram envolvidas pela nuvem de fogo, outras cinco tiveram ferimentos como queimaduras ou passaram mal devido à fumaça. 20 bois da fazenda também morreram queimadas ou asfixiados pela fumaça.