Tempestade tropical Cristobal ameaça o sul dos EUA
A tempestade tropical Cristobal, que forçou evacuações e matou muitas pessoas em El Salvador, Guatemala e México, deve chegar em Louisiana no domingo, onde as autoridades já declararam estado de emergência e devem solicitar a evacuações.
Cristobal chegou na Península de Yucatán, no estado mexicano de Campeche, na quarta-feira (3) com chuva forte e causando inundações. O sistema foi responsável por pelo menos 22 mortes na América central. As chuvas continuarão provocando inundações transtornos no México até se afastar da costa.
Agora, Cristobal se desloca em direção à região entre Luisiana e a Florida através do Golfo do México, onde o landfall deve ocorrer no domingo. A cidade de Grand Isle, Louisiana, emitiu uma ordem de evacuação obrigatória a partir de sábado às 6h, de acordo com o prefeito da Grande Ilha David Camardelle. O prefeito disse que a área está esperando acumulados de chuva entre 150 e 250 mm. Grand Isle está localizado a cerca de 80 km a sudeste de Nova Orleans.
Cristobal, a terceira tempestade da temporada de furacões no Atlântico, seguindo as tempestades tropicais Arthur e Bertha, que chegaram antes do início oficial da temporada, que vai de 1 de junho a 30 de novembro. De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), Penn State University e Colorado State University, Arthur, Bertha e Cristobal se desenvolveram em um ano de expectativas de atividade intensa de furacões.
Basicamente, a três fatores são primordiais neste ano. A primeira delas são as águas quentes do Atlântico que estão com anomalias positivas persistentes e ajudam a alimentar os sistemas. Segundo, as condições neutras do fenômeno El Niño Oscilação Sul no oceano Pacífico com configurações que levam a previsão de um La Niña no último trimestre de 2020. O terceiro fator vem da África, onde os perfis de umidade estão acima da média e auxiliam a formação de tempestades que se deslocam para o oceano Atlântico e se desenvolvem.
Uma análise de imagens de satélite datada de 1979 mostra que os furacões se tornaram mais fortes em todo o mundo nas últimas quatro décadas, apoiando a teoria de que as mudanças climáticas estão tornando essas tempestades mais intensas e destrutivas. A análise mostra que o aquecimento aumentou a probabilidade de um furacão alcançar a categoria 3 ou superior, com ventos sustentados superiores a 160 km/h.