Tempestade Tropical Dorian prestes a ser tornar furacão no Atlântico
A tempestade tropical Dorian, a quarta dessa atual temporada de furacões, se formou no Mar do Caribe e deve atingir a categoria 1 de furacão nos próximos dias. Dorian deve atingir as ilhas do Caribe, incluindo Porto Rico e República Dominicana.
A quarta tempestade tropical da atual temporada de furacões do Atlântico Norte se formou nesse sábado (24/08). De acordo com a Centro Nacional de Furacões (NHC, sigla em inglês) dos Estados Unidos, a então chamada Tempestade Tropical Dorian atualmente está se aproximando das ilhas que compõe as Pequenas Antilhas e pode se intensificar e se tornar um furacão entre amanhã e quarta (28/08).
Dorian é um pequeno e compacto ciclone tropical com ventos de intensidade de tempestade tropical, da ordem de 100km/h, que se estendem a um raio de 75 quilômetros de seu centro. Por ser um ciclone pequeno, os meteorologistas dizem que é mais difícil prever sua trajetória e, principalmente, sua intensidade. De qualquer forma, os modelos mostram que ao entrar no Mar do Caribe Dorian deve ganhar força durante sua trajetória para noroeste, podendo alcançar a categoria 1 de furacão ao se aproximar de Porto Rico e República Dominicana.
Por enquanto alertas foram emitidos para as ilhas de Barbados, Santa Lúcia, São Vicente, Granadinas, Martinica, Granada e Dominica, devido a intensidade dos ventos, ressaca e as fortes chuvas que poderão atingir esses locais se Dorian continuar a se mover para oeste.
Ainda é muito cedo para afirmar se Dorian atingirá Porto Rico com a força de um furacão categoria 1. Lembrado que Porto Rico ainda não se recuperou totalmente da passagem do grande furacão Maria em 2017, que matou quase 3 mil pessoas, por isso existem grades preocupações com a passagem de Dorian pelo país. Também é muito cedo para dizer se Dorian afetará Cuba e Flórida, mas as previsões indicam que após a passagem por Porto Rico e República Dominicana, Dorian deve se enfraquecer e ser rebaixado a categoria de tempestade ou depressão tropical.
As oito semanas centradas no dia 10 de setembro são consideradas as mais ativas da temporada de furacões, onde, historicamente, dois terços de todas as tempestades produzidas em toda a temporada ocorre nesse período. Com o El Niño praticamente no fim as condições de neutralidade desse fenômeno poderão contribuir para o desenvolvimento de mais tempestades tropicais.
Outra ameaça no Atlântico
Uma depressão tropical, chamada de depressão tropical seis, próxima a costa leste da Flórida, começou a se intensificar e chamar a atenção dos meteorologistas. Essa área ainda não apresentava uma organização até a tarde dessa segunda-feira, porém, o sistema passou a se intensificar e se organizar rapidamente, e poderá se tornar uma tempestade tropical nos próximos dias.
Enquanto isso no Pacífico
Ao mesmo tempo em que o Oceano Atlântico passou por um momento de calmaria por mais de 30 dias, o Oceano Pacífico viveu outra realidade. Ao menos 3 tempestades tropicais se formaram no Pacífico Leste e 5 tufões passaram pelo Pacífico Oeste no mês de agosto. O último ciclone tropical a passar pelo Pacífico Leste foi o Ivo, que se formou no dia 21 de agosto e atualmente se encontra em fase de dissipação. Essa tempestade passou somente pelo oceano, mas acabou gerando ventos de até 100km/h e chuva no continente.
Enquanto no Pacífico Oeste o recente tufão Bailu atingiu a província chinesa de Fujian e Taiwan com chuvas, ventos fortes e ondas gigantes. Cerca de 50 mil pessoas foram evacuadas e centenas de voos foram cancelados.