Terremoto de 4,7 ocorre no Norte do Brasil
A quarta-feira (28) começou de forma atípica no Norte do Brasil com registro de um terremoto de escala 4,7 na escala Richter. O epicentro foi registrado no município de Barcelos, mas moradores de Manaus também relataram o tremor.
A madrugada desta quarta-feira (28) foi agitada no Norte do Brasil por conta de um tremor provocado por um terremoto de magnitude 4,7 na escala Richter. O epicentro foi em Barcelos, município localizado no extremo norte do Amazonas, na divisa com o estado de Roraima. Entretanto, o tremor foi notado não somente pela população da pequena cidade, como também na capital Manaus que fica a 400km de distância.
Apesar do susto, não há relatos de estragos e feridos, mas o episódio ficou registrado e foi divulgado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O epicentro ocorreu a uma profundidade de mais ou menos 10km do solo, o que de modo geral apresenta pouco potencial para causar danos significativos.
O episódio do mais novo terremoto no Brasil não durou muito tempo, foram apenas 74 segundos, no entanto, o raio de abrangência de captura do tremor foi consideravelmente grande.
Terremotos no Brasil
Vale salientar que apesar de parecer raro, o fenômeno tem ocorrido de forma recorrente no território brasileiro. Desde o início do ano até agora já foram 30 tremores registrados pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP).
O último tremor sentido na região Norte do Brasil foi em 31 de janeiro de 2021 com magnitude de 5,7 na escala Richter. Nesta ocasião, o epicentro foi registrado na Guiana, mas muitos morados de Roraima e do Amazonas sentiram o tremor. Este evento foi considerado o maior sentido no Brasil desde o ano de 1955, quando houve um terremoto de magnitude 5,6 na escala, também registrado no estado do Amazonas.
Os pesquisadores responsáveis pelos registros de terremotos no Brasil relatam que durante o ano de 2020 foram 248 abalos sísmicos ao todo, isso em território nacional. Apesar do grande número, apenas 3 tiveram magnitude acima de 4 pontos da escala.
Escala Richter
A escala que mede a magnitude de terremotos é chamada Escala Richter e foi desenvolvida em 1935 por Charles Richter e Beno Gutenberg, ambos do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
A medição é feita com base nas ondas sísmicas que se propagam no subsolo a partir do local de origem do tremor conhecido como epicentro.
Segundo os estudiosos, quanto maior a energia que é liberada pelo tremor, maior é a amplitude do movimento do solo, e consequentemente maior é a pontuação na escala Richter. A princípio, a escala não tem um limite estipulado, mas nenhum registro mostra terremotos com magnitude igual ou acima de 10.
O mais interessante é o uso de logaritmos com base matemática. O resultado disto é enorme, como por exemplo uma variação de apenas 1 número na magnitude de um terremoto representa na verdade um aumento de 10 vezes na amplitude e até 32 vezes mais energia liberada.
Em termos de comparação, um terremoto de escala 7 libera uma energia equivalente a maior bomba termonuclear já testada pela humanidade. Já um terremoto de escala 10 (nunca registrado) seria capaz de liberar uma energia equivalente a uma explosão de um meteorito de 20km ao atingir à Terra. Apesar de extremamente assustar, vale ressaltar que grande parte da energia gerada por um abalo sísmico fica retida no fundo do planeta e não chega à superfície.