Tufão Maysak, mais um tufão a caminho da Península Coreana
Pela segunda vez em menos de uma semana, um poderoso tufão ameaça atingir a Península Coreana. O Tufão Maysak segue os passos do Tufão Bavi, porém, sendo mais forte que seu antecessor, seu potencial destrutivo é ainda maior!
Menos de uma semana após o Tufão Bavi atingir a Coréia do Sul e Norte, principalmente a Coréia do Norte, que sofreu com o impacto direto do tufão sobre o continente, a Península Coreana se prepara para a chegada de um novo sistema tropical intenso, o Tufão Maysak.
Enquanto Bavi atingia a Coréia do Norte na quinta-feira (27) com uma intensidade equivalente a um furacão de categoria 1, com ventos de 120 km/h, a PAGASA (Administração de Serviços Atmosféricos, Geofísicos e Astronômicos das Filipinas) começava a monitorar um novo distúrbio tropical a leste das Filipinas, mesma região onde surgiu o distúrbio tropical que deu origem ao Tufão Bavi. Nesse mesmo dia, a PAGASA emitiu um alerta de formação de ciclone tropical.
Na sexta-feira (28), a PAGASA classificou o sistema como uma depressão tropical, dando o nome filipino de Julian, porém, horas depois a Agência Meteorológica do Japão (JMA) atualizou o sistema para Tempestade Tropical Maysak, seu nome internacional. No sábado (29) o sistema ganhou força e evoluiu para a categoria de tufão.
Entre domingo e segunda-feira (31), ao seguir uma trajetória para norte/noroeste, sobre o Mar Oriental da China, Maysak encontrou um ambiente favorável para sua intensificação, com águas quentes em superfície e baixo cisalhamento do vento. Ambos fatores permitiram com que Maysak atingisse a categoria 4, se estabelecendo como o tufão mais intenso registrado na temporada desse ano.
Ontem, Maysak passou sobre Okinawa, um conjunto de ilhas japonesas que estão posicionadas mais a sul, com ventos máximos sustentados de 200 km/h e rajadas que chegavam a 250 km/h. Por pouco a capital de Okinawa, Naha, não foi atingida pelo olho da tempestade, a região mais violenta do sistema, o que pode ter evitado o pior. A JMA alertou sobre um provável “grande desastre na região” devido as tempestades, ventos fortes e ondas altas trazidas pelo tufão.
Maysak seguirá uma trajetória para norte entre hoje e amanhã e provavelmente atingirá o sul do Japão e Coréia do Sul nessa quarta-feira. Modelos indicam que após sua passagem pelo sul do Japão, Maysak perderá um pouco de força e poderá atingir a Coréia do Sul com uma força equivalente a um furacão de categoria 3, com ventos próximos de 200 km/h. Além do impacto direto com a Coréia do Sul, o sistema também poderá gerar chuvas torrenciais e ventos fortes na Coréia do Norte e nordeste da China, regiões já saturadas pela passagem do Tufão Bavi e as monções desse ano.
Quando Maysak atingir a Península Coreana, ele será o quarto sistema tropical a atingir a região nesse ano. De acordo com a meteorologista Sayaka Mori, em um comunicado no Twitter, anualmente desde 1951 apenas uma tempestade tropical nomeada atinge a península por ano, se Maysak for o quarto desse ano, haverá um empate com o antigo recorde registrado.
Além de Maysak, ontem uma nova depressão tropical se formou no Oceano Pacífico Oeste, a sudeste do arquipélago de Ogasawara, no Japão. De acordo com Joint Typhoon Warning Center (JTWC), o sistema agora já se tornou a Tempestade Tropical Haishen. Meteorologistas preveem que esse sistema se intensifique nos próximos dias, podendo evoluir para um poderoso tufão. Por mais uma vez seguida, o sul do Japão e a Península Coreana são possíveis alvos desse novo sistema tropical neste final de semana.