Forte tempestade solar atinge a Terra
Além da pandemia global, que continua provocando várias mortes diariamente, e das ameaças geradas pelas mudanças climáticas, agora há mais uma notícia para o planeta: o Sol despertou agressivamente!
Há alguns dias, milhões de toneladas de gás muito quente foram lançadas da superfície do Sol em direção à Terra. Este tipo de erupção, conhecida como “ejeção de massa coronal”, não foi particularmente intensa, de acordo com a escala oficial da NOAA mas, quando atingiu o campo magnético da Terra ela desencadeou a tempestade geomagnética mais forte vista em anos. Vale lembrar que o Sol despertou de um estado de inatividade de um ano!
A NOAA afirma que a primeira nuvem de plasma chegou ontem (25) e espera condições de tempestade geomagnética G1 muito em breve. Hoje (26) podem ocorrer condições ainda mais fortes, pois está prevista uma tempestade geomagnética G2 moderada. Na tabela abaixo, elaborada pela NOAA NWS, você pode consultar em detalhes as escalas de gravidade dos eventos de tempestade geomagnética (escala G). Atribui-se um número de 1 a 5 de acordo com a gravidade de cada caso: 1=fraco, 2=moderado, 3=forte, 4=severo e 5=extremo.
Essas ejeções são inofensivas para as pessoas na Terra mas, têm um grande potencial para danificar redes de energia, restringir comunicações via rádio e expor os trabalhadores das companhias aéreas e os passageiros à radiação tóxica. Talvez, o pior efeito seja o da capacidade de desativar satélites da rede.
Em 2020, o Sol iniciou o seu novo ciclo de 11 anos e espera-se que atinja seu auge em 2025. Desta forma, é previsto que as tempestades solares e os seus efeitos se tornem mais comuns nos próximos anos. A última vez em que uma tempestade solar atingiu nosso planeta foi há 17 anos e, durante as últimas duas décadas, nossa dependência da tecnologia só aumentou. Cientistas temem que este aumento das tempestades solares possa perturbar, potencialmente, a tecnologia a nível global.
O que faz disparar uma tempestade solar?
Estas tempestades são causadas por ciclos solares de 11 anos que desviam a polaridade do campo magnético da fonte de energia. Neste caso, as erupções se desprendem da superfície do Sol e são ejetadas em direção ao espaço. Uma forte erupção solar pode deixar milhões de pessoas sem energia.
Como se preparar para as possíveis catástrofes
Para se precaver da ocorrência destes fenômenos imprevisíveis, cientistas de países como os EUA e o Reino Unido estão investigando o Sol para compreender melhor o seu funcionamento. Sendo assim, eles teriam a capacidade de prever uma tempestade solar com alguns dias de antecedência e, consequentemente, permitiriam às autoridades a elaboração de planos de contingência para a mitigação de danos. O governo norte-americano possui uma estratégia de sensibilização para os riscos e perigos associados a essas grandes tempestades solares.
Então, quais medidas podem ser tomadas? Por exemplo, no caso de um apagão súbito, as empresas teriam que aprender a fazer backup dos sistemas em tempo hábil para não perder os dados. No Reino Unido, a National Grid está aumentando o seu fornecimento de transformadores e treinando as equipes para que possam lidar com as tempestades geomagnéticas. Por fim, desligar os satélites e equipamentos eletrônicos durante algumas horas pode proteger o funcionamento deles.
Quais são os principais efeitos?
As condições meteorológicas espaciais não são levadas muito a sério, e deveriam ter uma atenção especial dos cientistas pois, se tempestades solares intensas ou outros incidentes meteorológicos espaciais afetarem a Terra em um futuro próximo podem ocorrer diversos prejuízos a nível global.
Os efeitos que as alterações do clima espacial apresentam são reais: sistemas de comunicação bloqueados, como aconteceu durante a passagem do furacão Irma; sistemas de GPS param de funcionar; pessoas diretamente expostas às tempestades geomagnéticas, prejudicando sua saúde; e a tripulação de companhias aéreas que têm um risco maior de desenvolver cataratas e abortos espontâneos.